Câmara de Lisboa não concorda mas também não contesta decisão da CNE. Vai remover cartazes da rua

Câmara de Lisboa não concorda mas também não contesta decisão da CNE. Vai remover cartazes da rua

Apesar da decisão ser passível de recurso, a autarquia não vai contestar. É a segunda vez que a Comissão Nacional de Eleições obriga a Câmara Municipal de Lisboa a retirar cartazes.
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Mesmo sem concordar "com a posição e a interpretação" da Comissão Nacional de Eleições (CNE), a câmara de Lisboa vai remover os cartazes com mensagens sobre saúde e habitação.

Em causa estão cartazes que fazem referência ao plano gratuito de saúde da autarquia para maiores de 65 anos, e um outro que faz referência aos programas de ajuda ao pagamento de rendas. A CNE considera que os cartazes podem ser interpretados como propaganda política. Com isso, violam as regras sobre publicidade institucional, devido às eleições europeias. Esta decisão, confirmou o DN junto de fonte da CNE, é passível de recurso, mas tal não acontecerá.

A informação, argumenta a autarquia, “é dirigida à população” segundo “os princípios da prossecução do interesse público e da transparência” da autarquia. Mas, ainda assim, “irá dar início ao processo de remoção dos cartazes em causa”.

Se transitar em julgado, será emitida uma deliberação “intimando a um comportamento que, a não ser cumprida a decisão, poderá configurar um crime de desobediência”. Não é a primeira vez que a autarquia lisboeta se vê obrigada a retirar cartazes. Nas últimas eleições legislativas, a CML foi também notificada. Na altura, recorreu da decisão, mas acabou por ser confirmada pelo Tribunal Constitucional.

Os cartazes em causa:

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