Câmara de Lisboa aprova "redução imediata das velocidades" na zona de Entrecampos
PAULO SPRANGER

Câmara de Lisboa aprova "redução imediata das velocidades" na zona de Entrecampos

Aproposta do Livre foi viabilizada com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor da oposição, nomeadamente três do PS, três dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.
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A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira a proposta do Livre para adoção de medidas contra a sinistralidade rodoviária, inclusive a "redução imediata das velocidades", no eixo Avenida das Forças Armadas -- Avenida Estados Unidos da América, na zona de Entrecampos.

Em reunião privada, o executivo municipal voltou a votar a proposta do Livre "Zero Mortes nas Ruas de Lisboa", uma vez que na anterior reunião de 11 de dezembro ficou a faltar a votação na globalidade após este documento ter reunido mais apoio do que a iniciativa da liderança PSD/CDS-PP, que ficou prejudicada.

Em votação final global, a proposta do Livre foi viabilizada com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor da oposição, nomeadamente três do PS, três dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

Intitulada "Zero mortes nas ruas de Lisboa", a proposta do Livre foi apresentada em setembro na sequência dos "violentos atropelamentos mortais" registados no eixo Avenida das Forças Armadas -- Avenida Estados Unidos da América.

Entre as principais medidas propostas pelo Livre está a criação de uma equipa multidisciplinar para analisar os acidentes com feridos graves e mortes, com a missão de propor medidas temporárias de acalmia de tráfego, implementáveis logo após um acidente grave, bem como soluções de longo prazo para reabilitação urbana e reperfilamento viário focada na segurança dos utilizadores vulneráveis, acessibilidade pedonal e qualidade do espaço público.

Outras das medidas passam pela "redução imediata das velocidades no eixo Avenida das Forças Armadas - Avenida Estados Unidos da América", com instalação prioritária de radares de sinal vermelho e velocidade nos locais onde ocorreram atropelamentos mortais; e pela reformulação do espaço público para a criação de corredores multimodais, dando prioridade à segurança pedonal, ciclovias, transporte público e com alinhamentos arbóreos.

A proposta do Livre prevê ainda a revisão de projetos de urbanização na área de Entrecampos, para incluir intervenções que melhorem a segurança rodoviária e pedonal, assim como a "redução dos limites de velocidade em toda a cidade".

Da parte da liderança PSD/CDS-PP, a proposta sugeria reconhecer o compromisso com a segurança rodoviária, com a câmara a reafirmar a prioridade da segurança rodoviária em toda a cidade, nomeadamente no eixo Avenida das Forças Armadas - Avenida Estados Unidos da América, "com enfoque na proteção dos utilizadores mais vulneráveis e na redução da sinistralidade".

O reforço do grupo de trabalho para análise da sinistralidade rodoviária da cidade, "o qual deve continuar como uma equipa multidisciplinar para estudar os contornos dos acidentes graves e propor soluções de aplicação de curto e de longo prazo, priorizando a sua implementação e definindo prazos-objetivo após a ocorrência de um sinistro", foi outra das medidas propostas de PSD/CDS-PP.

O executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) - que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta -, três do PS, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

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