Bombeiros decidem "paragem simbólica" de protesto contra pagamentos em atraso do Ministério da Saúde

Bombeiros decidem "paragem simbólica" de protesto contra pagamentos em atraso do Ministério da Saúde

A decisão vai ser tomada pelo Conselho Nacional Extraordinário da LBP, órgão que reúne hoje em Oleiros (Castelo Branco) representantes de corporações de bombeiros de todo o país.
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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decide este sábado (19 de julho) se os bombeiros vão realizar na próxima semana "uma paragem simbólica" para protestarem contra os pagamentos em atraso de vários milhões de euros do Ministério da Saúde às corporações.

A decisão vai ser tomada pelo Conselho Nacional Extraordinário da LBP, órgão que reúne hoje em Oleiros (Castelo Branco) representantes de corporações de bombeiros de todo o país.

O presidente da Liga disse à agência Lusa que em causa estão os atrasos das Unidades Locais de Saúde (ULS) aos bombeiros no que respeita ao transporte de doentes não urgentes, sendo a situação mais grave nas ULS da região de Coimbra, que “têm dívidas elevadas aos bombeiros”.

Outros dos atrasos dizem respeito, segundo António Nunes, aos serviços prestados na emergência pré-hospitalar, estando o INEM por pagar aos bombeiros desde maio.

“A paragem simbólica poderá ser apenas uma forma de alerta para a gravíssima situação financeira que muitas associações de bombeiros atravessam com falta de receitas e aumento de encargos, nomeadamente para com o próprio Estado como é o caso da TSU”, precisou António Nunes.

O responsável avançou que “a paragem simbólica” será feita pelas ambulâncias e terá uma duração de dois a três minutos com o objetivo de “chamar a atenção da população”.

O presidente da Liga deu conta de que “há uma série de associações humanitárias com tesouraria negativa”.

A reunião do Conselho Nacional Extraordinário da LBP acontece também numa altura em que as corporações de bombeiros estão com problemas de gestão devido às urgências hospitalares encerradas por falta de profissionais de saúde, uma vez que os tempos de intervenção por cada emergência pré-hospitalar são maiores, o que “obriga a ter mais ambulâncias nos corpos de bombeiros para responder” a todas as solicitações.

Desde sexta-feira que duas ambulâncias estão a reforçar a resposta das urgências obstétricas na margem sul do Tejo com o objetivo de garantir condições de segurança e rapidez na assistência às grávidas durante o verão. Esta resposta também deverá alargar-se em breve, segundo a LBP, aos distritos de Leiria, Aveiro e Braga.

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