O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) voltou a atingir, neste domingo, mais de 19h16m de espera até à primeira observação (tempo depois da triagem) para doentes pouco urgentes. A questão é que os doentes urgentes atingiram 14h13m de espera, segundo indicava o site dos tempos médios de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às 12:30. De acordo com o mesmo site, a esta hora o hospital tinha 57 doentes para serem vistos, 28 pouco urgentes e 21 urgentes. Ou seja, na manhã deste dia 28 de setembro, o Amadora-Sintra voltou a ser a unidade com maior número de doentes da região de Lisboa e Vale do Tejo na urgência geral para serem observados e com os tempos mais elevados de espera.Segundo confirmaram ao DN fontes hospitalares, “nas últimas duas semanas os tempos de espera para doentes urgentes, triados com pulseira amarela, têm ultrapassado frequentemente as 15 horas”, sublinhando que a situação ainda deverá piorar mais já em outubro, porque “há mais médicos que vão sair da instituição”.As mesmas fontes garantem que as saídas de médicos das equipas dedicadas ao Serviço de Urgência (SU) têm vindo a ocorrer nos últimos meses, desde que houve “um conflito entre os médicos da equipa fixa do Serviço de Urgência com o diretor do serviço e o Conselho de Administração”. Aliás, sublinham, que este “tem sido o principal problema da urgência este ano. Já saíram muitos médicos que faziam parte da equipa dedicada ao SU, e uma grande parte eram os mais experientes em urgência”.O pior, dizem as mesmas fontes, é que já em outubro está prevista a saída de mais médicos das equipas de urgência e, se for assim, “nem queremos imaginar como vai ser quando chegar o inverno”.O DN contactou por e-mail a ULS Amadora-Sintra sobre os tempos de espera atingidos este domingo e sobre o “conflito” entre diretor de urgência e administração que parece estar a levar à saída de profissionais, mas não obteve resposta até à publicação desta peça.Recorde-se que o Amadora-Sintra foi o único hospital do país a atingir 30 horas de espera para primeira observação para doentes urgentes. A situação ocorreu no final de janeiro deste ano e, mais uma vez, a justificação era o número de equipas reduzidas a trabalhar, com um a dois especialistas e dois a três internos, nas urgências gerais. Pouco depois, a ministra da Saúde nomeava novo Conselho de Administração, chefiado por Carlos Ferreira e Sá, e, segundo afirmam as mesmas fontes, “os conflitos entre profissionais da urgência e CA têm vindo acontecer”.No início do verão, com a abertura do Hospital de Sintra, que integra a mesma Unidade Local de Saúde (ULS), houve médicos das equipas de urgência que foram deslocados para a equipa da nova unidade e os tempos de espera nas urgências no Fernando da Fonseca voltaram a aumentar. Ao fim de uma semana, os próprios profissionais voltavam a denunciar a situação.Agora alertam para o facto de estar a chegar o tempo mais frio e de “o número de profissionais da Urgência continuar a diminuir”.De acordo com o site que indica os tempos de espera, às 12:30, as instituições com menor tempo de espera entre a triagem e a primeira observação tanto para doentes urgentes como pouco urgentes, mas também com menos doentes, eram os hospitais de Peniche, Abrantes, Vila de Franca e Xira, Caldas da Rainha, Montijo, Santarém e, em Lisboa, São Francisco Xavier. Uma unidade com dimensão idêntica ao do Amadora-Sintra, como o Garcia de Orta, tinha tempos de espera menores, 31 doentes urgentes com tempo de espera de 6h17m e cinco doentes pouco urgentes com 2h50m.Uma hora depois, o mesmo site atualizava os tempos e espera e já indicava a existência de 29 doentes pouco urgentes com uma espera de 18h55m, 22 doentes urgentes com uma espera e 7h33me quatro doentes muito urgentes com 1h50m de espera. .Bombeiros da Moita fazem 14º parto este ano em ambulância. Grávida ia a caminho do Hospital Garcia de Orta