D.R.
Finalistas do prémio Sonae Educação 2025

Agrupamento de Escolas Gil Vicente é um dos vencedores do Prémio Sonae Educação

É a primeira vez que uma escola pública integra o grupo de galardoados desta iniciativa. CADin, Skoola e Associação Topsail fecham a lista de projetos vencedores
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Foram anunciados esta terça-feira, 21 de outubro, os projetos vencedores da terceira edição do prémio Sonae Educação, uma iniciativa que ao longo das três edições tem distinguido “projetos inovadores e inclusivos que melhorem o acesso e a qualidade da Educação em todas as fases do ciclo de aprendizagem”.

São 150 mil euros, entregues todos os anos, aos projetos que o júri - constituído por cinco personalidades de áreas distintas - considera serem os mais relevantes para garantir maior equidade e sucesso na educação. Esta edição contou com mais de 460 candidaturas, um número recorde.

Este ano, para além de terem decidido distinguir quatro projetos - algo inédito - os jurados salientam ainda a presença de um estabelecimento público de ensino entre os vencedores. No caso, o Agrupamento de Escolas Gil Vicente, em Lisboa. Para além de um valor global de 150 mil euros, os vencedores vão ainda ter direito a 12 meses de mentoria proporcionada pela Sonae. A premiação, feita a partir de uma lista de dez finalistas, esteve a cargo de Eulália Ramos Alexandre (Direção-Geral da Educação), Isabel Leite (EDULOG), Filipe Almeida (Portugal Inovação Social), Ricardo Marvão (Beta-i) e João Günther Amaral (Bright Pixel). 

“Este ano, temos vencedores que nos apresentaram tecnologia, arte, intervenção terapêutica e leitura inclusiva. Quatro abordagens muito diferentes, mas com um denominador comum: colocar os jovens no centro da ação e dar-lhes ferramentas para o futuro. É este o objetivo do Prémio Sonae Educação e estamos muito orgulhosos deste grupo de vencedores e expectantes para acompanhar o impacto dos seus projetos”, sublinha Eduardo Piedade, Chief Development Officer da Sonae.

O projeto ‘Ler sem Barreiras’ foi apresentado pelo Agrupamento de Escolas Gil Vicente, de Lisboa, e vai receber 16 mil euros, que correspondem ao orçamento submetido na candidatura, explica a Sonae em comunicado. “Desenvolvido a partir da biblioteca escolar, é dirigido a alunos com dislexia severa ou outras perturbações do neurodesenvolvimento que enfrentam grandes dificuldades na leitura. O valor do Prémio irá possibilitar a aquisição de eReaders com funcionalidades de leitura em voz alta, personalização de letra e contraste, permitindo o acesso inclusivo à literatura e ao conhecimento”. O projeto vai beneficiar cerca de 60 alunos, que poderão estar expostos à leitura durante mais tempo, e que verão reforçada a sua auto-estima, bem como o envolvimento nas atividades e aprendizagem escolares. 

Já o projeto ‘Educação que Transforma’, do CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, “foi distinguido com um apoio de 50 mil euros. Trata-se de um modelo nacional de inclusão que assegura diagnóstico precoce, intervenção terapêutica e capacitação de professores e famílias de crianças com perturbações do neurodesenvolvimento. O Prémio permitirá ao CADIn acompanhar 200 crianças e jovens ao longo de 12 meses, levar ações de formação a mais escolas e em novos territórios, abrangendo 150 professores e técnicos, desenvolver materiais educativos acessíveis e consolidar um modelo já validado no terreno, com impacto reconhecido”.

No mesmo comunicado, a que o DN teve acesso, a Sonae explica ainda que outro prémio foi distinguido com 50 mil euros. “O Skoola – Associação Música Skoola Artes e Cultura Urbana viu reconhecido o seu trabalho de inclusão através da arte. A academia de música urbana desenvolve atividades com jovens em contextos vulneráveis, promovendo autoestima, cidadania e novas perspetivas de futuro. O projeto oferece sessões criativas semanais a cerca de 200 participantes entre os 6 e os 18 anos, combinando expressão musical, escrita de canções e produção digital. O apoio financeiro permitirá reforçar a sustentabilidade da iniciativa e garantir que estas crianças e jovens, identificados por IPSS e técnicos escolares, tenham acesso à arte e à música”

“Por fim, o ‘TUMO – Centro de Tecnologias Criativas’, da Associação Topsail, foi premiado com 34 000 euros. Este programa extracurricular gratuito combina tecnologia e criatividade através de autoaprendizagem e workshops especializados. Já impactou mais de 2 300 jovens em Lisboa e Coimbra e prepara-se para chegar a 4 500 participantes em 2025/2026. O prémio permitirá realizar 50 laboratórios avançados, dirigidos a um total de 800 alunos nos 3 centros TUMO, com experiências práticas e imersivas, reforçando competências digitais, criativas e sociais, e combatendo desigualdades estruturais”.

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