Vincent Vermeulen, bisneto do fundador da School for Butlers & Hospitality, uma das mais conceituadas escolas de hotelaria do mundo, prepara a próxima geração de profissionais que terão de dominar tanto a etiqueta vitoriana como a cibersegurança
Vincent Vermeulen, bisneto do fundador da School for Butlers & Hospitality, uma das mais conceituadas escolas de hotelaria do mundo, prepara a próxima geração de profissionais que terão de dominar tanto a etiqueta vitoriana como a cibersegurançaCortesia de Vincent Vermeulen

A nova era dos mordomos: entre o algoritmo e a etiqueta

De Downton Abbey à domótica, do Palácio da Ajuda às casas inteligentes, a profissão de mordomo passou por uma longa transformação. Entre a prata, a etiqueta, a inteligência artificial e o toque humano, sobrevive uma vocação antiga: a arte de desaparecer para que tudo funcione.
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D. Maria, a rainha Pia, inclinava-se sobre o prato e mostrava a convidados -“sem abrir muito a boca” - como se come uma fruta com dignidade. D. Maria II, firme, castigava os filhos “à vista de todos, para dar o exemplo”. Nos banquetes, a elegância tropeçava: peras rebeldes “saltavam da travessa”, “laranjas esguichavam” sobre fardas e rendas. Um terror cítrico, resolvido com uma rendição prática - salada de frutos, menos gloriosa, mais segura. E havia os espargos. Os novatos, incertos entre o decoro e o desconforto, “usavam faca e garfo”, quando o certo era “chupá-los elegantemente, como mandava a etiqueta”.  

O mordomo observava tudo. Sereno. Sem sorrir. Guardião de uma harmonia frágil, a ordem invisível das boas maneiras.  

São algumas das muitas memórias de Vital Ferreira Fontes, servidor de reis e presidentes, registadas com pudor e precisão, nas memórias que o jornalista luso-espanhol Rogério García Pérez publicou em 1945 sob o título Servidor de Reis e de Presidentes. O livro faz agora oitenta anos e conta episódios que vão de D. Maria Pia a Óscar Carmona.  

Vital Ferreira Fontes, nascido em 1861, na Sertã, entrou na Casa Real em 1886, por ocasião do casamento de D. Carlos e D. Amélia. Nessa primeira edição (uma segunda seria publicada em 2018) o velho mordomo, então com 84 anos, “dita a medo” o que recordava, temendo ser indiscreto ainda que incapaz de resistir ao desejo de preservar um mundo que desaparecia. Página a página, revela-se coreógrafo, mediador entre a majestade e o quotidiano, garante de que a forma nunca traía o conteúdo. Mesmo quando o trono ruiu, manteve-se ao serviço. A República chegara, mas o ofício - disciplina do detalhe e da compostura - resistia.  

Um século depois, a elegância mudou de morada. Já não vive nos palácios, mas nos hotéis de luxo e nas casas inteligentes onde a tecnologia substitui campainhas e criados.    

De um hotel de luxo em Lisboa, Luís Miguel Assenção, concièrge veterano e presidente da Les Clefs d’Or Portugal, fala ao DN sobre esta transição, com a serenidade dos que ainda acreditam no valor do ofício.

Luís Miguel Assenção, concièrge veterano e presidente da Les Clefs d’Or Portugal, diz ao Dn que mesmo nos hotéis de luxo já não há mordomos. “Somos nós que asseguramos que cada cliente tenha uma estada perfeita.
Luís Miguel Assenção, concièrge veterano e presidente da Les Clefs d’Or Portugal, diz ao Dn que mesmo nos hotéis de luxo já não há mordomos. “Somos nós que asseguramos que cada cliente tenha uma estada perfeita. Cortesia de Luís Miguel Assenção

“Não conheço em Portugal uma escola de mordomos. Nos hotéis já não existem. O mordomo tradicional não tem procura. Os hóspedes, sejam árabes, chineses ou aristocratas europeus, trazem os seus próprios mordomos.”  
O que resta, explica, é uma metamorfose do papel — um novo tipo de diplomata do conforto. “Hoje, essas funções foram acrescentadas às de concièrge. Somos nós que asseguramos que cada cliente tenha uma estada perfeita. É a ligação entre o hotel e o mundo lá fora — desde reservar um helicóptero até organizar um pedido de casamento a bordo de um barco.  

Mudou o contexto, guardou-se a essência, a mesma arte de antecipar necessidades, de resolver sem ser visto, de manter o tempo em ordem, como Vital Fontes fazia com os relógios de Belém.   

A profissão sobreviveu à queda das casas aristocráticas e ao aparecimento dos algoritmos. “O espírito é o mesmo. Apenas mudou de cenário”, diz, sorrindo. E talvez de propósito não use a palavra “empregado” porque ser mordomo, mesmo em 2025, é ser guardião de um certo código moral: discrição, serviço e uma cortesia que não “depende da gorjeta, mas da alma”.  

Criada em França em 1952, a Les Clefs d’Or - “ As Chaves de Ouro” - é uma fraternidade de concièrges que partilham um juramento: Serviço através da Amizade. Em Portugal, nasceu em 1971.  “Uma elite discreta, unida por códigos e princípios. O cliente confia, e a confiança é sagrada”, descreve.  

O processo de admissão é rigoroso: cinco anos de experiência mínima, provas exigentes e uma demonstração inequívoca de disponibilidade. “Temos um lema simples: fazer tudo pelos clientes — desde que seja legal.” A frase poderia ter saído da boca de Jeeves, o mordomo ficcional criado por P. G. Wodehouse, cuja missão era facilitar a vida, nunca complicá-la.  

Luís Miguel – dispensa apelidos, é assim conhecido por todos -, fala de episódios quase teatrais: um restaurante que abriu só para um jantar privado; um pedido de casamento sobre o Tejo, improvisado a meio da noite; um passeio de barco adiado por ventos contrários e remarcado com precisão britânica. “O segredo é ter uma rede de contactos enorme e uma disponibilidade sem limites”. O serviço perfeito não acontece por acaso, é construído na sombra.  

O Mordomo na Era Digital  

Antes de Jeeves entrar na literatura inglesa como a personificação da inteligência silenciosa, antes de Mr. Carson zelar pela ordem imperturbável de Downton Abbey ou Alfred Pennyworth ensinar Bruce Wayne “a ser mais do que Batman”, o mordomo era já uma figura que existia para que tudo pudesse existir para os outros. A melhor prova? A definição clássica, representada por Mr. Stevens em Os despojos do dia: “A chave para um bom atendimento é tornar-se invisível”. O século XX imortalizou essa imagem. O século XXI está a reescrevê-la.  

O mordomo contemporâneo equilibra dois mundos: preserva o legado da tradição enquanto administra casas tecnologicamente avançadas. Domina a arte de dobrar com desvelo um guardanapo de linho e compreende a lógica da cibersegurança. Move-se entre a etiqueta clássica e os sistemas inteligentes, provando que o serviço evolui com o tempo, sem perder a sua essência. 

Em Bruxelas, Vincent Vermeulen, bisneto do fundador da School for Butlers & Hospitality, uma das mais conceituadas escolas de hotelaria do mundo, prepara a próxima geração de profissionais que terão de dominar tanto a etiqueta vitoriana como a cibersegurança, formação ao alcance de poucos, tal o valor da propina (quatro semanas são 6.980 euros, números publicados em 2013, os mais recentes tornados públicos).

“Não rejeitamos a tradição — a discrição, a elegância e a atenção ao detalhe continuam a ser fundamentais. Mas enriquecemo-la com pragmatismo e eficácia moderna. É precisamente essa fusão que constitui a nossa força: o legado encontra a modernidade”, diz o belga ao DN
“Não rejeitamos a tradição — a discrição, a elegância e a atenção ao detalhe continuam a ser fundamentais. Mas enriquecemo-la com pragmatismo e eficácia moderna. É precisamente essa fusão que constitui a nossa força: o legado encontra a modernidade”, diz o belga ao DNCortesia de Vicent Vermeulen

“Ser mordomo em 2025 significa personificar a elegância do velho mundo dominando ao mesmo tempo os sistemas modernos”, explica ao DN. “É ser um maestro invisível que antecipa necessidades antes de serem expressas, integrando inteligência artificial e gestão de projetos complexos.”   

Para Vermeulen, o mordomo moderno é simultaneamente gestor de estilo de vida e curador emocional. “A tecnologia é um amplificador do serviço humano, não um substituto. Os melhores mordomos serão os que conseguirem orquestrar a eficiência das máquinas sem perder a empatia.”  

Há quem lhe chame luxo. É harmonia  

O dia de um mordomo moderno começa ainda antes de o sol perceber que está prestes a nascer.  Não há sinais audíveis, nem ordens diretas. Apenas o silêncio, preenchido por tarefas invisíveis.  

Numa residência privada nos arredores de Londres — mas poderia ser Genebra, Dubai ou, talvez, Cascais —, a casa desperta sozinha: as luzes sobem um tom, a climatização ajusta-se, o sistema de segurança opera com discrição.  É o mordomo que afina a orquestra. Revê os pedidos do dia, atualiza a agenda familiar, cruza fusos horários, supervisiona o staff, decide o aroma da sala de leitura e o tipo de chá servido ao acordar. “Há quem lhe chame luxo; para ele, é apenas harmonia”, diz-nos Vermeulen. 

“Não rejeitamos a tradição — a discrição, a elegância e a atenção ao detalhe continuam a ser fundamentais. Mas enriquecemo-la com pragmatismo e eficácia moderna. É precisamente essa fusão que constitui a nossa força: o legado encontra a modernidade”, reforça. “A nossa abordagem assenta num princípio simples: os valores não mudam, as ferramentas evoluem. A discrição continua a ser sagrada, mas hoje também se expressa na gestão segura de dados. A etiqueta permanece essencial, mas adapta-se a contextos multiculturais”, acrescenta.    

A exclusiva escola belga forma entre oito e dez estudantes por turma, uma vez por ano. A escala não é sinal de falta de procura. “Privilegiamos a qualidade em vez da quantidade”, sublinha. Quarenta por cento dos formandos são mulheres — um dado impensável há apenas vinte anos e que ele destaca como símbolo da evolução da profissão. O treino inclui um dia inteiro dedicado à cibersegurança e outro sobre integração de IA na rotina doméstica.   

Os alunos chegam de geografias, idades e percursos diversos: da hotelaria à aviação, do protocolo às artes, da enfermagem à consultoria. Procuram algo raro: uma profissão que combina cultura, disciplina, abertura ao mundo e a estranha arte de desaparecer.  

Flexibilidade cultural  

A adaptação a famílias internacionais e com múltiplas residências é, para o especialista, “absolutamente essencial”. “Com famílias que possuem residências em Londres, Nova Iorque, Dubai e Mónaco, um mordomo deve compreender nuances culturais, adaptar protocolos a diferentes contextos, falar várias línguas (no mínimo inglês conversacional) e respeitar tradições mantendo a coerência do serviço”, diz Vermeulen.   

O britânico Paul Pritchard é a voz que liga o passado aristocrático ao futuro hiperconectado. É instrutor na Exclusive Butler School, em Kent.  “Na nossa escola, acreditamos que ser mordomo em 2025 é a arte de proporcionar uma vida fluida e sem fricções”, afirma ao DN. “O mordomo moderno é muito mais do que um guardião da etiqueta. É um maestro do lifestyle, garantindo que cada detalhe, da tecnologia à tradição, flui em perfeita harmonia”, diz-nos. 

O britânico Paul Pritchard, instrutor na Exclusive Butler School,  é a voz que liga o passado aristocrático ao futuro hiperconectado. "O mordomo continuará a ser o toque humano num mundo de máquinas", diz ao DN
O britânico Paul Pritchard, instrutor na Exclusive Butler School, é a voz que liga o passado aristocrático ao futuro hiperconectado. "O mordomo continuará a ser o toque humano num mundo de máquinas", diz ao DN Cortesia de Paul Pritchard

Durante 25 anos, serviu entre o Palácio de Buckingham e os hotéis Claridge’s e Dorchester. Na sua escola, três edições anuais acolhem pequenos grupos de seis a oito alunos. “Ao longo da última década formámos mais de cem profissionais, mas o número não importa. O que importa é a transmissão de um espírito. Os valores intemporais — respeito, lealdade, integridade — permanecem. O que muda é a forma de os expressar.”  

Hoje, os formandos aprendem tanto a gerir sistemas de domótica como a servir um jantar de Estado. “A tecnologia deve elevar a eficiência, não substituir a empatia. O mordomo é quem mantém o calor humano num mundo automatizado.”  

Luxo invisível e pedidos impossíveis  

O luxe mede-se hoje, mais do que nunca, pelo silêncio, pela privacidade, pelo tempo recuperado. “Os clientes perceberam que a única coisa que não podem comprar é tempo”, diz Vermeulen. “E é por isso que o mordomo existe.”  

O novo luxo é o conforto sem esforço , a serenidade que acontece sem que se perceba o mecanismo. Paul Pritchard chama-lhe “elegância invisível”: “O melhor serviço é aquele que ninguém nota. O mordomo cria uma vida que flui, o luxo de não precisar de pedir”, diz-nos.  

Mas esse luxo tem também o seu lado insólito. Porém – o português Luís Miguel frisa bem –, “não há pedidos estranhos”. Em 2024, uma longa reportagem da 1843 Magazine (The Economist) relatou vários episódios que ilustram o absurdo quotidiano da elite global. Um agente especializado em contratar mordomos recordou pedidos tão extravagantes quanto um cliente que exigiu que um elefante fosse levado para uma estância de esqui para o aniversário da filha (não se concretizou), ou outro que quis que um iogurte favorito fosse enviado por avião desde a Rússia até ao iate onde estava,  pedido surpreendentemente atendido.  

Um mordomo conseguiu um camarote para a final da Liga dos Campeões com apenas três horas de antecedência. Outro garantiu a última mesa da noite de encerramento do El Bulli, o lendário restaurante espanhol de Ferran Adrià. E houve quem procurasse uns sapatos sem marca vistos numa fotografia, encontrando-os no Havai e enviando-os para o Dubai num  assento de primeira classe de avião.  

“Fazer tudo a qualquer hora” é o novo mandamento do serviço extremo, uma fronteira onde o profissionalismo se confunde com a magia.  

Entre a disciplina e a fragilidade  

A mesma reportagem conta a história de Bennett, britânico de 30 anos, ex-agente da Polícia Metropolitana de Londres. Bennett deixou o que descrevia como “uma vida sombria” para se formar na International Butler Academy (TIBA), atraído pela disciplina e pelo brilho da profissão. “Queria manter a sanidade num mundo mais glamoroso”, confessou, “mesmo sabendo que isso me torna num ativo descartável.”  

Bennett foi contratado por uma família do Médio Oriente radicada em Londres. Descobriu, então, que o seu papel era menos o de mordomo clássico e mais o de gestor da imagem pública da família - organizando consultas privadas, eventos discretos e a presença social dos patrões. O salário era tentador: 52 mil libras por ano, com promessa de duplicar após o período experimental. Mas não havia contrato formal. “O trabalho é exigente, vulnerável e precário”, relatou à revista. O mordomo, conclui a 1843, é simultaneamente símbolo de prestígio e trabalhador descartável, o elo mais humano numa cadeia de luxo que se quer sem falhas.  

Salário, segredos e sacrifício  

O que torna, então, a profissão atrativa? Vermeulen explica: “Os nossos estudantes têm entre 20 e 60 anos, com percursos muito diversificados — prova de que a profissão transcende gerações. A profissão continua a atrair, mas por razões diferentes: viagens e experiências internacionais (trabalhar com famílias globais), independência (muitos optam pelo freelance), acesso a um mundo exclusivo (jatos privados, iates, propriedades excecionais), desenvolvimento pessoal (disciplina, excelência, crescimento contínuo). Por último, mas muito importante, a remuneração atrativa (salários competitivos no setor de luxo)”.  

Tomando as declarações de Vermeulen, “o salário médio de um mordomo é muito difícil de determinar com precisão. Os padrões europeus, americanos e asiáticos diferem consideravelmente, tornando qualquer generalização praticamente impossível. É também essencial compreender que os benefícios constituem uma parte muito importante da remuneração total. Estes benefícios incluem frequentemente alojamento, alimentação, veículo, seguros e outras regalias que não se refletem no salário base”. As disparidades são grandes: “Um mordomo privado na Europa ganha entre 3.000 e 7.000 euros por mês, com benefícios que incluem alojamento e veículo. Profissionais freelancer que gerem iates ou múltiplas residências chegam aos 10.000 euros mensais, enquanto os mordomos de cruzeiro recebem 1.500 euros base, mas somam gorjetas que podem sextuplicar o valor”.   

Médio Oriente, Rússia e China são os novos mercados com maior procura e muitas das capitais estão a abrir novas escolas de mordomos de luxo.   

“Um mordomo-chefe de uma família "ultra high net worth" (ultra-rica, em tradução livre) pode ganhar tanto quanto um diretor de hotel de cinco estrelas”, confirma ao DN o britânico Paul Pritchard. “Mas a motivação raramente é o dinheiro. É a vocação. A arte de tornar a vida dos outros mais bela e mais simples.”  

Luís Miguel sorri ao ouvir a comparação. “Em Portugal, esse nível de remuneração não existe. Aqui é sobretudo paixão. E uma enorme capacidade de sacrifício.”  

A filosofia do serviço  

Apesar da modernização tecnológica, o núcleo da profissão mantém-se inalterado. “A cortesia nunca passa de moda”, diz Luís Miguel. “O que muda é a forma de a praticar.”  

Na School for Butlers & Hospitality, Vermeulen dedica um dia inteiro às chamadas soft skills. “A empatia não se ensina com slides. Ensina-se pelo exemplo, pelo silêncio, pela observação.”  

Na Exclusive Butler School, Pritchard recria cenários realistas: uma falha de protocolo, um conflito doméstico, um hóspede insatisfeito. “Queremos que os alunos sintam a pressão e aprendam a reagir com serenidade”.  

Vincent Vermeulen imagina o futuro com precisão: “Em 2035, o mordomo será um gestor de estilo de vida. Terá de dominar sustentabilidade, bem-estar, tecnologia — e, acima de tudo, inteligência emocional.”  

Pritchard completa: “Supervisionará casas que pensam, sistemas que respondem e experiências que nutrem. O mordomo continuará a ser o toque humano num mundo de máquinas.”  

Luís Miguel, que começou a servir quando os telefones ainda tinham fios, sorri: “Pode haver inteligência artificial, mas a empatia continua manual.” No fundo, nada mudou: o mordomo , seja o Jeeves espirituoso, o Mr. Stevens melancólico ou o profissional contemporâneo com tablet na mão, continua a ser o guardião invisível do equilíbrio.  E talvez seja por isso que, apesar das transformações tecnológicas, a frase de Vermeulen soe como profissão de fé: “A hospitalidade do futuro usa a tecnologia do futuro e as emoções do passado. 

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Escola exclusiva forma mordomos de luxo por 7000 euros
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Publicadas memórias do mordomo de Belém que serviu reis e presidentes de D. Luís a Carmona
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