O deputado do CDS-PP João Rebelo lamentou os sinais "de instabilidade" no Exército, que este sábado confirmou a demissão do Comandante de Pessoal, e apelou ao Presidente da República para que reponha a tranquilidade no ramo.."Nós estamos muito preocupados e lamentamos o anúncio da passagem à reserva do general Calçada e do pedido de demissão do general Faria Menezes", afirmou o deputado, lamentando os sinais de "instabilidade" no ramo..Em declarações à Lusa, João Rebelo considerou que a situação "perturba o regular funcionamento da instituição" depois de uma semana em que, considerou, "os acontecimentos de Tancos levaram o Presidente da República a ter uma intervenção muito forte" e em que "o ministro da Defesa está muito debilitado".."Faço um apelo a que a estabilidade regresse ao Exército, uma instituição que continua a prestar relevantíssimos serviços ao país e aguardamos uma intervenção que permita o regresso da tranquilidade", declarou..Para João Rebelo, como Comandante Supremo das Forças Armadas, o "Presidente da República estará a analisar com muito detalhe e preocupação tudo o que está a acontecer", disse..O Exército confirmou hoje o pedido de passagem à reserva do tenente-general Antunes Calçada, Comandante do Pessoal, anunciando que será substituído no cargo, em acumulação, pelo vice-chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general Rodrigues da Costa..De acordo com o Expresso, o general decidiu pedir a passagem à reserva por "divergências inultrapassáveis" com o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis por alocar efetivos à vigilância dos Paióis Nacionais de Tancos, de onde foi furtado material de guerra, detetado no dia 28..As mesmas razões estarão na base da decisão do Comandante das Forças Terrestres, tenente-general Faria Menezes, de pedir a exoneração do cargo, segundo o Expresso, na próxima segunda-feira..Contactado pela Lusa, Faria Menezes confirmou a intenção de solicitar a exoneração do cargo.