"PS sente-se envergonhado" com casos como de Manuel Pinho e ainda mais com o de Sócrates
"A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável", diz Carlos César. Em relação a Sócrates a vergonha "até é maior"
O líder parlamentar do PS, Carlos César, afirma que o partido "sente-se envergonhado" em relação ao ex-ministro Manuel Pinho, caso sejam confirmadas as suspeitas de que é alvo.
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"O Partido Socialista sente-se, como os partidos, a confirmar-se o que é dito, envergonhado", diz Carlos César no programa "Almoços Grátis", da TSF. "A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável", considera
Aos microfones da rádio, Carlos César refere que o caso "tem de ser esclarecido e punido" até porque não há razão para não avaliar o caso Manuel Pinho como já se avaliaram "os casos de vários ministros e responsáveis que na banca ou na política que tiveram comportamentos desviantes, irregulares ou até de alçada criminal."
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Segundo Carlos César "é através de uma Comissão de Inquérito" que "melhor se poderá resolver este assunto".
O socialista refere, no entanto, que o caso de Manuel Pinho não irá ter espaço de discussão no congresso do partido, que se realiza entre os dias 25 e 27 deste mês.
O caso que envolve o ex-ministro da Economia foi noticiado, a 19 de abril, pelo jornal online Observador, segundo o qual há suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.
Caso José Sócrates
Questionado se, a confirmarem-se as suspeitas que recaem sobre José Sócrates, a vergonha é a mesma, o líder parlamentar do PS admite que a vergonha "até é maior", uma vez que se trata de um antigo primeiro-ministro.
À TSF revela que estes casos são discutidos nas reuniões internas do partido. "Ficamos até enraivecidos com isto", em especial com "pessoas que se aproveitam dos partidos políticos" e têm "comportamentos desta dimensão e desta natureza". "Evidentemente que ficamos revoltados com tudo isso, como outros certamente terão ficado", afirma Carlos César.