Provas de aferição regressam ao quarto ano
O Ministério da Educação já terá decidido substituir os exames de português e matemática realizados pelos alunos do quarto ano de escolaridade por provas de aferição. A notícia é avançada hoje pelo Jornal de Notícias: as provas de aferição, que já foram usadas no sistema de ensino português e estavam em vigor antes da introdução dos exames nacionais - bandeira do antigo ministro da Educação, Nuno Crato - não alteram a avaliação, não pesam nas notas e não têm caráter obrigatório. Já os exames nacionais no final do primeiro ciclo contavam 30% para a nota final.
O modelo das provas da aferição, que segundo o JN será anunciado em breve pelo atual ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, permitirá ao Ministério saber se os programas curriculares estão ou não a ser cumpridos. Deverá ser aplicado no segundo e quarto anos de escolaridade no primeiro ciclo. Contactado pelo jornal, o Conselho Nacional de Educação, ao qual preside David Justino, prometeu para os próximos dias uma tomada de posição sobre esta matéria.
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João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE), garante que o novo modelo permitirá "outro tipo de acompanhamento ao processo de avaliação dos alunos". A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) e a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) mostram-se igualmente favoráveis ao regresso dos testes de aferição, concordando com o fim dos exames de quarto ano, medida aprovada na Assembleia da República no início da legislatura do novo governo PS com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda.