PGR confirma existência de um arguido na investigação de Pedrógão

Investigação à tragédia de 17 de junho está na reta final
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A Procuradoria-Geral da República confirma a existência de um arguido na investigação aos incêndios de Pedrógão Grande, que em junho fizeram 64 mortos.

Contactada pelo DN esta manhã, a PGR confirmou, pelas 13:00, a existência de um arguido. "Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, informa-se que, até ao momento, encontra-se constituído um arguido no âmbito do inquérito relativo ao incêndio de Pedrógão Grande", disse fonte oficial.

Essa pessoa é o segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, Mário Cerol, que confirmou à edição de hoje do Diário de Leiria ter sido ouvido pelo Ministério Público e ter sido constituído arguido.

"Fui ouvido na passada ter­ça-feira [5 de Dezembro] no Ministério Público e fui constituído arguido. Não posso, nem devo falar mais sobre o assunto", afirmou Mário Cerol ao jornal local.

Entretanto, o Correio da Manhã avança que a investigação terá cerca de 10 arguidos, pessoas ligadas à Proteção Civil, GNR e concessionárias de estradas, acusadas de homicídio por negligência.

De acordo com este jornal, os arguidos estão a ser ouvidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria.

O Expresso diz que uma dessas pessoas é o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnault, o qual será constituído arguido esta tarde depois de ser ouvido no DIAP de Leiria.

O incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou a 17 de junho e depois se propagou a concelhos vizinhos, fez pelo menos 64 mortos diretos, mais de 250 feridos e cerca de 500 milhões de euros de prejuízos.

Há ainda registo de mais dois mortos, um deles atropelado quando fugia do fogo e outro no hospital, passado cinco meses.

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