"É sensato" manter tradição de dar tolerância de ponto nas visitas papais

Marcelo Rebelo de Sousa lembra que todos os governos o fizeram em visitas de papas
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje "sensato manter a tradição" de dar tolerância de ponto aos serviços públicos nas visitas papais e lembrou que todos os Governo tomaram idêntica decisão, que nunca foi consensual.

"As tolerâncias de ponto foram aprovadas por todos os governos quando vieram papas e nunca foram consensuais. Os governos existem para decidir e, portanto, um governo não tem de agradar a toda a gente", disse Marcelo Rebelo de Sousa sobre a decisão do Governo em conceder tolerância de ponto aos serviços públicos a 12 de maio, dia em que o papa Francisco chega a Portugal.

Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, o Presidente da República recordou que o Governo que integrou, em 1982, aquando da primeira visita de João Paulo I, "não agradou" a toda a gente quando decidiu dar tolerância de ponto.

"Não agradou quando voltou o papa João Paulo II, não teve de ser consensual quando veio o papa Bento XVI [em 2010] e agora também não é consensual. O problema é saber se é sensato ou não é sensato manter a tradição, eu acho que é sensato", argumentou.

Francisco será o quarto papa a visitar Fátima, a 12 e 13 de maio, para canonizar os dois pastorinhos Jacinta e Francisco no centenário das "aparições" na Cova da Iria, em 1917.

Os anteriores papas a estar em Fátima foram Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010).

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