Costa: Oposição não gosta de Centeno porque conseguiu o défice mais baixo
O secretário-geral do PS, António Costa, disse hoje que a oposição PSD não gosta do atual ministro das Finanças porque foi este quem conseguiu atingir o défice mais baixo e quem "está a pagar a dívida que eles aumentaram".
"Eles digam o que disserem, mas o que eles não gostam mesmo no ministro da Finanças [Mário Centeno] é porque é o ministro das finanças que fez o menor défice e está a pagar a dívida que eles aumentaram", destacou António Costa.
O Primeiro-ministro, que falava enquanto secretário-geral do PS na apresentação da candidatura socialista à Câmara de Espinho, disse mesmo que a oposição ao Governo "anda muito irritada", "todos os dias arranja uma nova birra" e "só quer mesmo falar de tricas".
"Acho que por duas razões: primeiro porque nada têm a dizer aos portugueses e a Portugal e, em segundo lugar, porque lhes custa ouvir as verdades sobre como o país e os portugueses hoje estão melhor que o que estavam há um ano atrás", justificou.
Para António Costa, para além de os partidos de direita "nada" terem a dizer, e ainda "mais lhes custa a ouvir a realidade em que o país hoje vive".
"Eles não gostam de ouvir mas vão mesmo ter de ficar irritados e ouvir", afirmou Costa, acrescentando: "Aquilo que lhes irrita mesmo muito é que apesar de termos reposto vencimentos, pensões, aumentado as prestações sociais, reduzido a carga fiscal, a verdade é que chegámos ao fim de 2016 com o melhor défice orçamental em 42 anos de democracia e que nunca ninguém tinha conseguido alcançar".
Para o líder do Partido Socialista "essa é a verdade que dói" aos partidos da oposição do Governo. E aproveitou para dar uma novidade.
"Hoje posso mesmo anunciar que se [os partidos da oposição] já estavam irritados com a descida do desemprego, com o crescimento da economia, se já estavam irritados com o facto de termos o melhor défice de sempre, pois ainda ficarão mais irritados porque hoje posso dizer que na semana passada demos um passo muito importante, porque pagámos mais 1.700 milhões de euros da nossa dívida ao FMI e a nossa dívida é hoje um ponto percentual do PIB mais baixo que o que era há uma semana atrás", afirmou António Costa.