A nova secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) prometeu esta segunda-feira uma relação "transparente" e "não secreta" com os cidadãos, mas tendo como base uma atuação "discreta" por parte dos seus agentes..A embaixadora Graça Mira Gomes assumiu esta posição no seu discurso de posse em São Bento - ato presidido pelo primeiro-ministro, António Costa..Esta cerimónia contou também com as presenças da procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, do ex-secretário-geral do SIRP Júlio Pereira e dos ministros da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, da Justiça, Francisca Van Dunem, e da Administração Interna, Eduardo Cabrita.."Muitas vezes o público em geral refere-se aos serviços de informações como sendo 'as secretas'. Não creio, contudo, que devamos ser secretos na nossa relação com o cidadão para explicar de uma forma transparente a relevância das missões, tendo em vista a estabilidade da nossa democracia. Deveremos - isso sim - ser discretos na nossa atuação", frisou Graça Mira Gomes..No seu discurso, a embaixadora Graça Mira Gomes disse que a sua prioridade passará pelo reforço da coordenação entre todas as entidades envolvidas na segurança interna e externa e caracterizou o mundo atual como sendo de um "realismo brutal".."As ameaças são cada vez mais difusas e diversas. Os serviços de informações têm de estar na vanguarda das competências e das tecnologias", disse a nova secretária-geral do SIRRP, que também deixou uma palavra no que se refere às carreiras dos seus agentes..[citacao:As ameaças são cada vez mais difusas e diversas. Os serviços de informações têm de estar na vanguarda].Graça Mira Gomes prometeu então empenhar-se "numa justa valorização das carreiras" dos elementos do SIS (Serviço de Informações e Segurança) e do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa).."Importa proceder à atualização do estatuto do pessoal do SIRP, retomando com as diversas alterações a proposta de diploma de 2015", acrescentou.