Marcelo diz que investir nas Forças Armadas ajuda crescimento económico
O "elevado potencial militar" de um país "é capaz de garantir profusos benefícios económicos e diplomáticos", tanto em tempo de guerra como "fundamentalmente em tempo de paz", afirmou esta sexta-feira o Chefe do Estado.
"O desenvolvimento estratégico militar, quando permite uma perfeita integração das suas capacidades com crescimento económico e subtileza diplomática, é determinante para o sucesso de uma nação", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento do ano letivo do Instituto Universitário Militar (IUM).
Como "a influência e a credibilidade de uma forte capacidade militar fazem sentir-se mesmo sem o emprego da força", o Comandante Supremo das Forças Armadas "observou que "é a paz, assegurada pela defesa e a segurança, que proporciona o crescimento e o pleno desenvolvimento dos povos e das nações".
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu assim que é compatível investir nas Forças Armadas - cuja lei para aquisição de equipamentos e sistemas de armas vai ser revista no próximo ano - e no desenvolvimento do país.
"É ilusória", sustentou o Chefe do Estado, "a alegada contradição entre a aposta de meios na Defesa e Segurança e a libertação de recursos para a economia e a sociedade".
"A História tem produzido diversos exemplos de como um elevado potencial militar é capaz de garantir profusos benefícios económicos e diplomáticos, em tempo de guerra mas especial e fundamentalmente em tempo de paz", enfatizou Marcelo Rebelo de Sousa.
Note-se que as Forças Armadas são um pilar da política externa do Estado, através da sua participação em missões humanitárias e de paz - ao serviço da ONU, NATO e UE - ou em ações de cooperação técnico-militar, em especial com os países africanos lusófonos.
O Presidente, acompanhado pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, entregou ainda os diplomas de fim do curso de promoção a oficial general a 23 militares - entre os quais a primeira mulher a atingir esse patamar - portugueses e três brasileiros.
Pina Monteiro, que tutela o IUM, agradeceu a confiança que Marcelo Rebelo de Sousa "tem sobejamente vindo a demonstrar" nas Forças Armadas, mesmo em situações "mais sensíveis" - como a do furto de material de guerra nos paióis de Tancos - e que "muito tem contribuído para a manutenção do moral no seio" da instituição militar.
"A evolução permanente da formação e do ensino superior militar é também mais um sinal de que, tal como ontem, como hoje ou amanhã, se pode continuar a confiar e a acreditar nas Forças Armadas", frisou o CEMGFA.
O IUM, que está em processo de reestruturação e consolidação orgânica, tem 62 professores e ministra quatro grandes cursos: de promoção a oficial general e de promoção a oficial superior, de Estado-Maior Conjunto e de Estado-Maior do Exército.