Jardim recebe Medalha de Mérito na segunda-feira
A distinção é da Região Autónoma da Madeira
O presidente da Assembleia Legislativa, Tranquada Gomes, entrega na segunda-feira a Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira ao ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim, que governou o arquipélago entre 1978 e 2015.
A atribuição da Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira a Alberto João Jardim decorrerá no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) tendo sido decidida pela Comissão Permanente a 04 de maio.
A 23 de maio, o plenário da ALM foi chamado a pronunciar-se quanto à decisão da Comissão Permanente na sequência de um recurso interposto pelo deputado não inscrito Gil Canha (ex-PND) que pretendia revogar a deliberação, tendo o mesmo sido rejeitado pelos deputados do PSD, CDS/PP e PS e merecido a aprovação, por considerarem que o ex-governante foi quem "mais desrespeitou" o parlamento, do JPP, PCP, BE, PTP e pelo requerente.
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Alberto Jardim foi presidente do Governo Regional da Madeira, sucessivamente eleito em eleições legislativas regionais nas listas do PSD, entre 17 de março de 1976 e 12 de janeiro de 2015, tendo-lhe sucedido Miguel Albuquerque, também do Partido Social Democrata, ao ganhar as eleições internas no partido a 29 de dezembro de 2014 e as legislativas regionais antecipadas a 29 de março.
Considerado o "pai fundador", o "estratega" e o "arquiteto" da autonomia política da Madeira, na sequência da Constituição da República portuguesa de 1976, Alberto João Jardim é também visto como o politico do "quero, mando e posso".
A 10 de junho de 2014, Dia de Portugal, ao cumprir 13.310 dias de poder desde que assumira a presidência do Governo Regional, a 17 de março de 1976, Alberto João Jardim tornou-se no político português com mais tempo no governo desde 1910, ultrapassando Oliveira Salazar.
Considerado o "pai fundador", o "estratega" e o "arquiteto" da autonomia política da Madeira, na sequência da Constituição da República portuguesa de 1976, Alberto João Jardim é também visto como o politico do "quero, mando e posso" e o responsável por uma dívida de 6,3 milhões de euros na sequência da qual a Madeira teve de clamar um programa de assistência financeira com pesadas medidas fiscais para madeirenses e porto-santenses e a extinção de algumas medidas autonómicas que até então vigoravam.
Alberto João Jardim é também lembrado como um político "enérgico" na defesa dos direitos da Madeira face à República Portuguesa.
O ex-presidente do Governo regional nasceu em 1943, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi, entre outros cargos, professor, jornalista, dirigente cooperativo, co-fundador do PPD e presidente, entre 1987 e 1996, da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas da União Europeia e recebeu várias condecorações e distinções pela sua vida política.