A Câmara Municipal de Oeiras foi alvo de buscas "no âmbito de um inquérito em que se investigam os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, participação económica em negócio e abuso de poder", referiu a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, em comunicado..Foram apreendidos "documentos de índole contabilística e outras mensagens de correio eletrónico necessários à produção de prova", lê-se ainda..Não foram constituídos quaisquer arguidos e o inquérito "está a ser dirigido pelo Ministério Público da 3.ª secção do DIAP de Sintra da Comarca de Lisboa Oeste, coadjuvado pela UNCC da PJ"..O processo está em segredo de justiça..A Câmara de Oeiras é presidida pelo independente Isaltino Morais, que voltou à liderança do município em 2017, após a gestão do executivo ter estado a cargo do também independente Paulo Vistas..Em comunicado, a Câmara Municipal de Oeiras já reagiu à situação, confirmando a realização das buscas e que estas foram "relativas ao projeto Porto Cruz ('Plano de Pormenor da Margem Direita e Foz do Rio Jamor'), cuja aprovação data de 15 de abril de 2014"..Referindo que a "primeira deliberação camarária" sobre o projeto data de 11 de maio de 2004, é ainda acrescentado que "em ambas as datas o atual presidente da Câmara não exercia funções no Município de Oeiras".."A única deliberação camarária neste âmbito, decidida em período no qual o atual presidente exercia funções no Município, data de 13 de janeiro de 2010, relativa à 'proposta remetida pela Silcoge de celebração de contrato de execução do Plano de Pormenor do empreendimento denominado Porto Cruz - Margem Direita da Foz do Rio Jamor'", refere ainda a autarquia que esclarece que, "como sempre acontece", "foi prestado todo o apoio às autoridades".