Os dois diretores adjuntos do SEF apresentaram a sua demissão, soube este domingo o DN..A decisão de Joaquim Pedro Oliveira e António Carlos Patrício da diretoria nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) surge quatro dias após a demissão da diretora, Luísa Maia Gonçalves..Luísa Maia Gonçalves tomou a decisão numa reunião com a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, a qual resultou da falta de confiança que ambas reconheceram existir, conforme noticiou quinta-feira o DN..Na base da decisão esteve o crescente mal-estar entre as duas responsáveis, acentuado com as posições de natureza técnica assumidas pelo SEF relativamente aos efeitos da nova Lei dos Estrangeiros, com base numa proposta do BE e que permite a concessão de residência a quem tenha uma promessa de trabalho..O SEF considerou que essa norma iria produzir um "efeito de chamada" de estrangeiros a Portugal, o qual se verificou logo na primeira semana da entrada em vigor do diploma com um acréscimo significativo de novos pedidos de visto a chegarem àquele serviço..[artigo:8780493].O DN soube também hoje que Luísa Maia Gonçalves fora convidada pela tutela para ocupar outro cargo, que recusou apesar de ser mais bem remunerado que o de diretora do SEF e que envolveria frequentes idas ao estrangeiro, revelaram as fontes ouvidas pelo DN..Joaquim Pedro Oliveira e António Carlos Patrício são inspetores superiores do SEF e assumiram funções como diretores adjuntos de Luísa Maia Gonçalves após esta ser nomeada pelo Governo, no início de 2016..A decisão dos agora demissionários diretores adjuntos era assim esperada, ficando por saber se serão convidados a manter-se à frente do SEF - e se o aceitarão..O PSD pediu sexta-feira a audição parlamentar urgente de Constança Urbano de Sousa e Luísa Maia Gonçalves, cuja saída foi qualificada pelo CDS-PP como um "saneamento político".