O Governo quer gastar no combate ao crime económico e à corrupção mais de 13 milhões de euros, segundo o Programa Nacional de Reformas hoje aprovado..O combate ao crime económico e à corrupção, uma das 120 medidas do Programa Nacional de Reformas (PNR), inclui a operacionalização da Unidade Nacional de Investigação da Criminalidade Informática (UNICI) da Polícia Judiciária, setor que investiga fraudes relativas a meios de pagamento e sistema bancário, como 'fishing', burlas informáticas e segurança das transações comerciais..Segundo o documento, este objetivo passa também pelo "robustecimento da cooperação policial internacional da PJ" e pela "dinamização do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e do Gabinete de Administração de Bens (GAB)"..A regulamentação da UNICI e dois gabinetes está prevista para o primeiro semestre deste ano, enquanto até dezembro se prevê a operacionalização total da Unidade da PJ..O combate ao crime económico inclui ainda a "deteção e repressão dos ilícitos na área da contratação pública, ações executivas e insolvências e corrupção"..Com esta proposta, o Governo pretende reduzir o tempo das investigações, aumentar a capacidade de repressão do crime e da confiança dos cidadãos e dos agentes económicos na justiça penal e no Estado..Outras das medidas do PNR é a modernização tecnológica do sistema judicial, avaliado em 14 milhões de euros, que passa por conjunto de iniciativas para a agilização dos processos nas várias áreas da justiça - cível, laboral, penal, família e menores, administrativa..Até 2019, o Governo propõe-se, nomeadamente, a simplificar os circuitos nas secretarias judiciais e a instalar em tribunais piloto a aplicação informática que permite acompanhamento do tempo de duração de processos, bem como o sistema de transcrição automático de gravação de diligências e o acesso pleno ao sistema informático CITIUS fora do tribunal por parte dos magistrados..O executivo pretende igualmente disponibilizar, até ao final do ano, novas ferramentas aos órgãos de gestão das comarcas, incluindo um sistema de indicadores de gestão processual dos tribunais judiciais..O PNR contempla também na área da justiça medidas de reforço dos meios de resolução alternativa de litígios (julgados de paz e meios de arbitragem), descongestionamento dos tribunais e aperfeiçoamento do sistema de execução de penas e de reinserção, com o aumento da taxa de empregabilidade de ex-reclusos e da vigilância eletrónica..O aumento da capacidade de resposta dos tribunais administrativos e fiscais, nomeadamente através do reforço dos recursos humanos e da melhoria do sistema de gestão processual, é outra das metas que o Governo quer alcançar até 2018..O PNR abrange ainda a agilização da ação executiva (cobrança de dívidas e penhoras), que passa por permitir o acesso ao CITIUS por parte dos agentes de execução, devendo estar concluída até 2017.