Governo quer economia a crescer 2,1% e desemprego nos 9% em 2020
O Governo antecipa, no Programa Nacional de Reformas, que o ritmo de crescimento da economia portuguesa acelere ligeiramente até aos 2,1% e que a taxa de desemprego recue até aos 9% até 2020, o horizonte máximo do documento.
No Programa Nacional de Reformas aprovado hoje em Conselho de Ministros, o Governo mantém a estimativa de crescimento económico em 2016 nos 1,8%, mas piora ligeiramente (em 0,1 pontos percentuais) a taxa de desemprego para 11,4% face ao previsto no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).
Para 2017, o executivo liderado por António Costa antevê que o ritmo de crescimento económico se mantenha nos 1,8% e que a taxa de desemprego desça para 10,9%.
Em 2018, o Governo compromete-se com uma ligeira aceleração da economia portuguesa, que deverá crescer 1,9%, e uma nova redução do desemprego, para 10,4%.
Já em 2019, segundo as estimativas do executivo, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá avançar 2% e a taxa de desemprego recuar para os 9,8%.
Por fim, em 2020 (período já fora da atual legislatura), a economia portuguesa deverá crescer 2,1% e a taxa de desemprego descer para 9%.
Quanto à inflação, o Governo mantém a previsão de 1,2% este ano e estima que suba para 1,6% em 2017, para 1,7% em 2018 e para 1,8% em 2019, mantendo-se no mesmo valor em 2020.
O programa de Governo não apresenta estimativas de crescimento económico, nem de taxa de desemprego, nem de taxa de inflação.
Por sua vez, o último Programa de Estabilidade, apresentado em abril do ano passado pelo Governo então liderado por Pedro Passos Coelho, antecipava que a economia crescesse a um ritmo de 2,4% ao ano entre 2017 e 2019. Quanto à taxa de desemprego, antecipava-se que fosse de 12,1% em 2017 e que caísse para os 11,6% em 2018 e para os 11,1% em 2019.