Costa "deu à sola", acusa o PSD
António Domingues e os restantes administradores da CGD continuam obrigados a declararem rendimentos no Tribunal Constitucional (TC) apesar de se terem demitido, afirma o PSD. Numa conferência de imprensa na Assembleia da República, o líder da bancada social-democrata acrescentou ainda que a renúncia "não apaga" os deveres de esclarecimento que no seu entender os administradores demissionários e o Governo devem sobre todo o caso.
Luís Montenegro centrou-se, em particular, no primeiro-ministro, que tem sido "o ator principal deste filme". António Costa, acusou, "deu à sola e não assumiu as suas responsabilidades".
Para o PSD é preciso esclarecer os motivos da demissão, se houve ou não conflitos de interesses quando António Domingues negociou a recapitalização da CGD em Bruxelas (sendo então ainda vice-presidente do BPI) e o que foi ou não garantido aos administradores para estes assumirem funções.
Montenegro sublinhou enfaticamente que o seu partido não tem qualquer responsabilidade na instabilidade que atinge o banco público. "Aquilo que causa instabilidade é a falta de informação. É absurda a crítica de que foi o PSD a criar instabilidade."