Buscas por mulher arrastada pelo mar vão continuar, mas esperança é reduzida
A mulher desaparecida fazia parte de um grupo de dez pessoas que se encontravam no areal quando foram apanhadas por uma onda
As buscas para encontrar uma mulher arrastada pelo mar na quinta-feira, na praia da Costa Nova, em Ílhavo, vão prolongar-se durante a madrugada, mas as autoridades dizem que esperança de a encontrar viva é mais reduzida.
"Os estudos dizem que é possível sobreviver cerca de 40 horas no mar e queremos acreditar em tudo, mas perante as condições atmosféricas, cada vez as probabilidades são mais reduzidas", disse à Lusa o comandante da Capitania do Porto de Aveiro, Carlos Isabel.
Segundo o mesmo responsável, cerca de 30 elementos da Polícia Marítima e dos Bombeiros de Ílhavo têm estado, desde as 19:45 de quinta-feira, envolvidos nas buscas em terra, mas até às 01:00 foram infrutíferas.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"As buscas vão continuar em terra, mas com menos elementos, porque vamos ter de começar a dar descanso aos homens", disse Carlos Isabel.
As operações de busca contaram também com a participação de um helicóptero da Força Aérea que, durante cerca de uma hora, sobrevoou o local onde a mulher desapareceu. "Neste momento, já não temos o helicóptero a dar colaboração, porque acabou a sua autonomia, mas esperamos por volta das 07:15 voltar a ter um meio aéreo a dar apoio", disse o comandante da Capitania do Porto de Aveiro.
Os meios de busca e socorro deverão ainda ser reforçados durante a manhã de sexta-feira com uma lancha salva-vidas.
O incidente ocorreu junto ao segundo esporão da praia da Costa Nova, em Ílhavo, e o alerta foi dado cerca das 19:45 de quinta-feira.
A mulher desaparecida fazia parte de um grupo de dez pessoas que se encontravam no areal quando foram apanhadas por uma onda. Quatro delas foram arrastadas para o mar, mas só três conseguiram sair da água pelo próprio pé.
O grupo de pessoas naturais de Tondela (Viseu) e Águeda (Aveiro) estaria naquele local, ao que tudo indica, a fazer um ritual religioso, segundo o comandante Carlos Isabel. "Tivemos relatos iniciais nesse sentido, mas não podemos estar a levantar falsas suspeitas enquanto não tivermos os factos todos apurados", disse o responsável.
As três pessoas que caíram ao mar foram transportadas pelos Bombeiros de Ílhavo para o Hospital de Aveiro. "Tinham sinais de hipotermia e alguns arranhões, mas nada de grave", disse o comandante dos Bombeiros de Ílhavo, Carlos Mouro.
As restantes pessoas que faziam parte do grupo foram identificadas e seguiram para as suas casas.