António Costa chama Passos Coelho de primeiro-ministro

Por duas vezes, durante o debate desta manhã, o atual chefe de Governo trocou o cargo do seu antecessor. Gafes destas há muitas para recordar
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O chefe do Governo do PS, António Costa, chamou hoje duas vezes "senhor primeiro-ministro" ao seu antecessor, Pedro Passos Coelho, aparentemente por lapso, durante o debate quinzenal.

"Eu compreendo e respeito a dificuldade que o 'senhor primeiro-ministro' tem em libertar-se dos últimos quatro anos. Há de compreender que o meu dever é governar o dia de hoje com os olhos postos no futuro e não passar o tempo a alimentar consigo um debate sobre o seu passado", disse António Costa numa resposta a Passos.

Logo depois, o chefe do Governo do PS voltou a chamar "senhor primeiro-ministro" ao presidente do PSD, causando ruído no hemiciclo, mas depois corrigiu: "Senhor deputado Pedro Passos Coelho, com toda a cordialidade, convido-o a vir para o presente, porque no presente é muito bem recebido".

Desta vez, foi António Costa, mas em maio do ano passado, a gafe foi de Pedro Passos Coelho, que confundiu o cargo de presidente do CDS com o de líder do maior partido da oposição quando se referia a Paulo Portas, seu parceiro de coligação e vice-primeiro-ministro. "Em primeiro lugar, nunca na vida enxovalhei ninguém, muito menos o líder do principal partido da oposição, está muito equivocada", disse dirigindo-se a Catarina Martins, do Bloco de Esquerda.

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O mesmo género de gafe já havia sido cometida dois anos antes antes por Luís Marques Guedes, ministro da Presidência.

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O antigo primeiro-ministro José Sócrates também cometeu gafes. Uma das mais conhecidas foi em maio de 2007, num discurso na cerimónia de entrega do certificado de nacionalidade portuguesa a mais de 300 imigrantes, que decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. "Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, confiança em vós, nas vossas famílias e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre... perdão, para um país mais solidário, mais próspero, evoluído".

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Sócrates foi protagonista de outra gafe histórica, mas nem é o culpado. O então primeiro-ministro estava a preparar-se para se dirigir aos portugueses no dia em que Portugal pediu ajuda externa, a 6 de abril de 2011 quando um direto da TVI o mostrou ainda a preparar-se para o momento. "Ó Luís, vê lá como é que fico... a olhar para os... Assim fica melhor? Ou fica melhor assim", perguntava ao seu assessor.

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Famosa é a gafe de Valentim Loureiro (PSD), num comício de apoio a Fernando Nogueira, nas legislativas de 1995. O major engana-se e pede ao povo que grite "Guterres, Guterres" (PS) em vez de "Gondomar, Gondomar".

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Ainda mais famosa é a gafe de António Guterres, quando era primeiro-ministro, quando questionado acerca do PIB e se vê obrigado a fazer contas em frente às câmaras.

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Mário Soares também se baralhou todo durante a campanha para as presidenciais em 2006. Questionado acerca de uma afirmação de Ribeiro e Castro, então líder do CDS-PP, Soares afirmou: "Não, não foi o líder do PP que disse isso. Aquela coisa a que eu me referi do terrorismo foi o líder do CDS que disse isso, o dr. Ribeiro e Castro, que é uma coisa inaceitável e impossível. Ele diz aquilo... ele é, ainda por cima, deputado do Partido Socialista... "

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O presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, também já protagonizou gafes. Uma delas foi quando era comentador da TVI, ainda em 2002, e anunciou a morte de Henrique Barrilaro Ruas. Ao falar de Ribeiro Telles lamentou a perda que o arquiteto sofrera pela morte do "companheiro do PPM", a qual não acontecera.

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