"Algumas toneladas" de combustível derramadas em Sines
Polícia Marítima investiga ocorrência. "Fuel Oil" já foi contido e esta a ser recolhido
Um derrame de combustível ocorrido domingo no mar, junto ao porto de Sines, está a ser alvo de contenção e remoção, confirmou hoje a administração portuária, estando a Polícia Marítima a investigar a origem da ocorrência.
Contactada pela agência Lusa, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) confirmou a situação, assegurando que, "ao ser detetada a ocorrência, foram colocados em ação todos os meios especializados disponíveis e o produto já foi contido e está a ser recolhido".
Alegando não dispor ainda de dados concretos, o capitão do Porto de Sines, José Velho Gouveia, adiantou à agência Lusa terem sido derramadas "algumas toneladas" de "fuel oil", combustível usado por navios, junto ao terminal de contentores do porto de Sines.
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"Não temos ainda uma estimativa correta da quantidade de produto que está lá, sabemos que é "fuel oil` de média densidade, não é gasóleo", especificou.
No local, estão a decorrer trabalhos de contenção e de remoção do combustível, a cargo da APS, mas que poderão não ser suficientes, referiu.
"A APS, que é quem tem a responsabilidade neste tipo de situações, movimentou imediatamente os meios que tem disponíveis para o local, foram colocadas barreiras de contenção do produto à volta de dois navios que se suspeita que estejam na origem deste episódio de poluição e conteve-se ali o produto", relatou.
O comandante do Porto de Sines adiantou que já foi colocada, entretanto, uma segunda barreira "a fechar o terminal".
"Neste momento, o que se está a tentar fazer é recolher o mais rapidamente possível o produto, que está contido no terminal de contentores com as barreiras colocadas pela APS, mas a recolha do produto tem estado a ser feita por um equipamento e vai ser preciso mais meios", referiu.
A hipótese de "recorrer a mais entidades" para a recolha do combustível do mar está ainda a "ser estudada" com a APS.
"Ainda estamos a analisar isso, mas é provável que numa primeira abordagem seja [pedida ajuda] ao Serviço de Combate à Poluição da Direção Geral da Autoridade Marítima", acrescentou.
Com a movimentação de navios parada no terminal, a Polícia Marítima está a investigar a origem do derrame, estando previstas "inquirições aos comandantes dos navios", um "porta-contentores da MSC" e uma embarcação que o "estava a abastecer de combustível", que "parecem estar na origem do problema".
"Enquanto não estivermos satisfeitos com o que eles nos disserem, provavelmente os navios não saem [do terminal]", apontou.
Segundo esclareceu o capitão do porto de Sines, a ocorrência está classificada relativamente à gravidade como "grau quatro", "o mais baixo", no âmbito do Plano Mar Limpo.
"No grau quatro trata-se de pequenos derrames que são normalmente contidos e solucionados pelas administrações dos portos, portanto este é o grau mais baixo [sendo o grau um o mais grave]", esclareceu.