"Judicialização das relações com Angola é um caminho sem retorno"

No discurso de despedida do partido, o ainda presidente centrista deu destaque a Angola.
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Paulo Portas avisou que se seguiria uma "palavra politicamente incorreta", mas ressalvou que era em defesa do "interesse nacional". Tratava-se de uma referência a Angola, cujas relações com Portugal têm sofrido alguma tensão, principalmente por causa de investigações criminais do Ministério Público português, que envolvem altas figuras do poder naquele país.

"Falo com a autoridade que sinto que tenho de quem trabalhou muito para as melhorias de relações entre Portugal e Angola", sublinhou. Lembrando os milhares de portugueses e muitas empresas que ali se encontram, as 10 mil exportadoras nacionais para aquele país, Paulo Portas apelou "a todos, principalmente aos órgãos de soberania, que evitem a tendência de judicialização nas relações entre os dois países. É um caminho sem retorno".

O dirigente centrista entende que o "compromisso é o que melhores resultados produz e entre Portugal e Angola há muitas afinidades", sublinhou lembrando que " lugar que Portugal deixar em Angola será ocupado por outros países, se calhar aqueles que têm andado a alimentar este afastamento".

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