Marques Mendes confirma que é candidato a Belém: “Tenho esta obrigação de retribuir o que o país me deu”
Gerardo Santos

Marques Mendes confirma que é candidato a Belém: “Tenho esta obrigação de retribuir o que o país me deu”

Marques Mendes diz que não foi por pressão do PSD que decidiu ser candidato, mas por “sentir” que pode “ser útil ao país”. Ex-líder social-democrata abandona, após 12 anos, o comentário político que classifica de “sucesso”.
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Marques Mendes justifica a candidatura a Presidente da República com a “obrigação” que sente em ser “útil” ao país recusando que a decisão tenha sido tomada por “pressão” dos sociais-democratas.

“Foi por sentir que posso ser útil ao país. Decidi ouvindo muita gente da política e fora da política”, afirmou o antigo líder do PSD entre abril de 2005 e outubro de 2007.

Tendo integrado todos os Governos de Cavaco Silva e ainda o Governo de Durão Barroso, Marques Mendes subiu à liderança do partido, em 2005, ganhando a Luís Filipe Menezes por 116 votos de diferença. Em 2007 sucedeu o contrário. Mendes perde a chefia do partido para o antigo secretário de Estado de Cavaco por mais de 4 mil votos.

Este domingo, antes do seu último programa na SIC, que já durava há 12 anos, Marques Mendes disse ter a “obrigação de retribuir ao país o muito que o país me deu”, acreditando ter o “capital de conhecimento e experiência” para assumir a Presidência da República.

Sobre os “12 anos”, que “correram bem” com “boas audiências”, Marques Mendes agradeceu à “SIC que me ajudou muito” no que disse ser um “sucesso”.

Neste último espaço de comentário, considerou que a saída do Secretário de Estado Hernâni Dias “era inevitável” porque “quanto mais tempo passasse, pior condição teria para continuar. Estava sob suspeita de um conflito de interesses. Nestas circunstâncias, o melhor é sair, dar o lugar a outro e, já fora do Governo, esclarecer tudo o que houver a esclarecer”.

Uma “saída inevitável” também para o Governo que “está obrigado a fazer diferente” depois dos “casos e casinhos” dos Governos de António Costa.

No tema seguinte, a reação de Carlos Moedas à notícia do DN sobre a descida da criminalidade em Lisboa, Marques Mendes considerou a “polémica exagerada” por que “ambos” [PSP e Moedas] têm “as suas razões. E ambas as razões fazem sentido”.

“Segundo a PSP, a criminalidade grave e violenta baixou em Lisboa, em 2024. Se assim é, trata-se de uma excelente notícia. Melhor até do que eventualmente se esperaria. A PSP merece ser saudada porque contribuiu para isso. Mas, segundo as sondagens, o sentimento de insegurança das pessoas aumentou. É este sentimento de insegurança que leva os autarcas, com Carlos Moedas à cabeça, a continuarem preocupados e a exigirem mais policiamento de proximidade”, justificou.

Para além das “ambas as razões” que “fazem sentido”, Mendes destacou a “boa noticia” do crescimento “acima da previsão do OE (1,9% contra 1,8), o que diz ser um “excelente resultado”.

Marques Mendes apresenta a candidatura a Presidente na próxima quinta-feira.

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