O PSD quer ouvir no parlamento o secretário de Estado da Gestão da Saúde, os serviços partilhados deste Ministério e a Altice sobre atuais condições de funcionamento e perspetivas futuras da linha SNS 24.Num requerimento divulgado esta quarta-feira, 15 de outubro, os sociais-democratas realçam a importância desta linha como “porta de entrada do Serviço Nacional de Saúde” e o aumento da sua capacidade de atendimento de chamadas nos últimos anos.“Em 2024, atendeu cerca de 3,5 milhões de chamadas, quase o dobro da resposta dada em 2023. Só este ano, entre janeiro e setembro, a referida linha respondeu já a 4,3 milhões de contactos, número que volta a representar um significativo aumento face ao ano passado”, referem.Os deputados do PSD admitem que a crescente adesão dos utentes à Linha SNS 24 tem trazido “indesejáveis aumentos nos tempos de espera no atendimento, que importa contrariar”..Ministra da Saúde admite constrangimentos e garante que SNS 24 vai ser reforçado no inverno. “Nos últimos anos, houve um significativo reforço dos recursos humanos alocados à Linha SNS 24, que conta atualmente com 3.200 profissionais – mais 700 do que no ano passado –, encontrando-se já, igualmente, cerca de 500 novos elementos em processo de formação”, sublinham.O PSD refere que, na semana passada, foi noticiada a existência de um estudo no qual se admite que, apesar dos reforços referidos, “este inverno possa ficar por atender cerca de um milhão de chamadas para a Linha SNS 24, uma eventualidade cuja ocorrência se impõe contrariar”.Por isso, a bancada do PSD quer “esclarecimentos oficiais sobre as atuais condições de funcionamento da Linha SNS 24, assim como sobre as perspetivas que as entidades mais diretamente responsáveis pela mesma têm sobre o seu desenvolvimento futuro”.Para este efeito, o PSD pediu audições, na Comissão de Saúde, da Altice, enquanto empresa de telecomunicações que opera a Linha SNS24; dos Serviços Partilhados do Ministérios da Saúde, EPE, enquanto entidade que gere e garante o funcionamento da Linha SNS 24; e do secretário de Estado da Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves, “enquanto membro do Governo com a tutela dos SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE”.