Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PSFOTO: Gerardo Santos

PS vai abster-se na moção de censura do PCP

A Assembleia da República debate e vota esta tarde a moção de censura do PCP ao XXIV Governo Constitucional, que está destinada ao chumbo após o PS ter anunciado que não pretendia viabilizá-la.
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O PS vai abster-se esta quarta-feira na moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP, adiantou à Lusa fonte oficial do partido.

A Assembleia da República debate e vota esta tarde a moção de censura do PCP ao XXIV Governo Constitucional, que está destinada ao chumbo após o PS ter anunciado que não pretendia viabilizá-la.

No sábado, após a declaração ao país do primeiro-ministro, Luís Montenegro, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, tinha anunciado que não viabilizaria a moção de censura ao Governo dos comunistas e reiterou que votará contra uma moção de confiança caso o executivo a apresente.

Esta iniciativa foi apresentada pelo PCP depois de Montenegro ter admitido avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" o seu programa.

Montenegro fez esta declaração após ter sido noticiado que a Spinumviva - até sábado detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos -, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde por "serviços especializados de 'compliance' e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais".

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Consumada "transmissão por doação de quotas e ativos" da Spinumviva para filhos de Montenegro

Pouco depois, na declaração em que anunciou que iria apresentar a moção de censura, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu que o Governo "não está em condições de responder aos problemas" de Portugal e "não merece confiança", mas sim censura.

No texto da moção de censura, o PCP acusa ainda o executivo de ser um "fator de descredibilização" e identifica a sua política como "o principal problema" do país.

Na mesma noite, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse que, caso a moção de censura anunciada pelo PCP seja rejeitada no parlamento, "não há uma justificação" para o Governo apresentar uma moção de confiança.

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Chumbo anunciado de moção de censura não alivia Montenegro

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