O presidente da concelhia socialista de Loures, Ricardo Lima, criticou a visita “exclusivamente mediática” que Miguel Prata Roque, candidato à presidência da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), fez ao concelho neste sábado, com passagens por vários bairros sociais e um encontro com militantes do partido. Na opinião de Ricardo Lima, tratou-se de uma ação de campanha “cuja linha exclusivamente mediática é claramente confrontacional com a linha política definida pela estrutura de Loures e pelos autarcas eleitos, e que por isso não aprofunda a pluralidade de opiniões que é a casa comum do PS”. Pelo contrário, no entender do dirigente socialista, apoiante da eurodeputada Carla Tavares na disputa pela presidência da FAUL, que será decidida em eleições marcadas para a próxima sexta-feira, 10 de janeiro, a visita de Prata Roque serviu apenas para uma “promoção pública, sem resultados concretos para a solução dos problemas”. Salientando que teve conhecimento da ida de Miguel Prata Roque ao concelho pela comunicação social, tal como o convite do candidato à FAUL ao presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, para que o acompanhasse - este terá recusado por falta de agenda -, Ricardo Lima acusa o antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros de querer promover “uma visão que se percebe deslocada da realidade” e que “não convoca os cidadãos para a discussão dos limites daquilo que deve ser razoável em democracia, liberdade e igualdade”..“As políticas sociais não podem ter apenas uma via"Depois de Prata Roque, um dos maiores críticos de Ricardo Leão quando o presidente da Câmara de Loures defendeu “despejos doa a quem doer” dos titulares de contratos de habitação social envolvidos em tumultos, ter defendido que o PS necessita de se “reposicionar” nesse concelho, Ricardo Lima alega que o partido “sabe o território que lidera e conhece muito bem cada um dos problemas que diariamente enfrenta”. Algo que envolve “autarcas que diária e continuamente desenvolvem políticas públicas que visam melhorar a vida dos cidadãos”.“As políticas sociais não podem ter apenas uma via. As políticas sociais devem ser desenvolvidas para que todos possam ter vidas dignas e com esperança, com possibilidades de melhorarem a sua condição, enquanto a comunidade obtém as naturais contrapartidas de justiça e paz social”, defendeu o líder da concelhia de Loures do PS, dirigindo mais críticas a Miguel Prata Roque: “O candidato teria a obrigação de saber isto se tivesse algum tipo de participação na vida quotidiana de Loures, se conhecesse o contexto social do concelho, se dialogasse com os autarcas e estruturas locais de um partido cuja federação pretende liderar.”