Presidenciais. Após nega de Vitorino, Santos Silva vai fazer “nova reflexão” e anuncia decisão 4ª feira
O socialista Augusto Santos Silva afirmou esta sexta-feira, 27 de junho, que a decisão de António Vitorino de não se candidatar às presidenciais faz com que tenha que fazer “uma nova reflexão” sobre a sua eventual candidatura, anunciando a sua decisão na próxima quarta-feira.
Através de uma publicação nas redes sociais, o antigo presidente da Assembleia da República referiu que “as três candidaturas até agora formalmente apresentadas não esgotam nem o espaço político nem as propostas e perfis que devem estar representados” e que, “pelas suas qualidades políticas”, seria “bem-vinda uma candidatura de António Vitorino” às presidenciais, uma hipótese que foi na véspera afastada pelo próprio.
“Este facto obriga-me a uma nova reflexão sobre o quadro de candidaturas presidenciais possíveis, incluindo a eventual apresentação da minha própria”, explicou, acrescentando que nos próximos dias vai consultar as pessoas cuja opinião preza.
Santos Silva remeteu para a próxima quarta-feira a comunicação pública da sua decisão de se candidatar ou não, caso tudo corra normalmente e tendo em conta os seus próprios afazeres profissionais. O ex-presidente da Assembleia da República pode vir assim a ser a solução apoiada pelo PS para as Presidenciais, com o partido relutante em apoiar a candidatura já anunciada por António José Seguro.
José Luís Carneiro, que este fim de semana será confirmado como novo secretário-geral do PS, tem evitado o tema Presidenciais, assumindo que a prioridade são as próximas eleições autárquicas.
O antigo comissário europeu António Vitorino anunciou na quinta-feira à noite que não vai concorrer às eleições presidenciais do próximo ano, referindo que a sua candidatura “não conseguiu reunir o consenso” para poder ser única na sua área política.
Na sequência deste anúncio, a antiga candidata presidencial Ana Gomes defendeu que o PS deve apoiar o ex-líder socialista António José Seguro nas presidenciais do próximo ano para “federar esquerda e democratas”, considerando que outra opção “será divisionista”.