O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou no domingo, 21 de setembro, em Nova Iorque, o crescimento económico e o equilíbrio financeiro de Portugal, que descreveu também como um país que oferece estabilidade e segurança.O chefe de Estado falava durante uma receção a representantes da comunidade portuguesa e funcionários portugueses da ONU, num hotel de Nova Iorque, na presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel."Se vos quiser dizer da situação económica portuguesa, para dizer como somos bons nisso, e não é por estar aqui o seu ministro, mas o que é facto é que já chegámos a uma coisa que era inimaginável, que é não só o equilíbrio das contas públicas, mas superavit", afirmou.Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que Portugal passou "a ter uma dor de cabeça" que é a discussão sobre se há "mais 0,1 ou menos 0,1 em termos de superavit ou de défice", e comentou: "Antigamente eram outros países que tinham essa doença, agora é Portugal". O Presidente da República descreveu Portugal como um país com preocupação com o equilíbrio financeiro, com a taxa de emprego e com o crescimento económico, que está "a crescer no quadro europeu ao quase mais alto nível", e também "que oferece segurança, que oferece estabilidade, que oferece um ambiente humano único".No fim do seu discurso, como já tinha feito em anteriores encontros com emigrantes e lusodescendentes, o chefe de Estado exclamou que Portugal "é o melhor país do mundo"."É um orgulho ter cidadãos como vocês, e é um orgulho que mostra a fibra dos portugueses. Nós somos assim, vamos para nove séculos de História assim, cada vez melhores, mais fortes, mais sofisticados, mais solidários, mais influentes, porque melhores", disse, dirigindo-se às dezenas de pessoas presentes na sala.Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa enquadrou as relações luso-americanas como "um percurso de aproximação constante" e destacou o crescimento do número de turistas e residentes norte-americanos em Portugal, "comprando habitação nos sítios mais espantosos"."Os Estados Unidos hoje, sabiam, são o terceiro maior visitante do mundo em Portugal. Só têm à frente os espanhóis, também mal seria, que vão e vêm, atravessam a fronteira permanentemente, e em segundo lugar os alemães, que é uma surpresa, que já vão num milhão e setecentos mil, mas quase colados os americanos", referiu.O chefe de Estado realçou que, além de Lisboa e do Porto, tem também aumentando a presença de norte-americanos no Algarve, onde "estão a transformar-se num mercado importantíssimo, substituindo os britânicos"."À volta da minha casa, em Cascais, só encontro americanos", relatou Marcelo Rebelo de Sousa.No plano económico, apontou o investimento, "claro, no imobiliário", com "parte da costa alentejana comprada por americanos", mas também a aposta em "novos negócios, com escalas diferentes e dimensões diferentes, em Portugal". "É uma moda que tem dez anos. Começou antes, mas de repente deu um pulo em dez anos, mais acelerado em cinco anos, mais acelerado nos últimos dois anos", situou, antevendo que "não vai parar, vai acelerar". "E não há embaixador que chegue que não queira logo saber qual é o setor privilegiado para aposta norte-americana. Isto é muito, muito impressionante", concluiu. .Crescimento económico: mérito dos governos ou demagogia política? O caso do 1º Trimestre 2025.