Nuno Cardoso promete tornar o parque industrial de Ramalde, no Porto, “um polo de emprego qualificado, habitação acessível, cultura e inovação, com corredores verdes e serviços de proximidade”. Chama-lhe Zona Económica Especial do Porto e diz ter-se inspirado no distrito de Porta Nuova, em Milão - o que antes era um pátio ferroviário desativado há décadas foi transformado num centro cívico, cultural e empresarial. “A inspiração pode ser esta zona de Milão", diz ao DN, "mas também há projetos de regeneração urbana em curso em todas as cidades da Europa, em que se aposta na qualidade ambiental, ‘enterrando’ a circulação automóvel”.A promessa do antigo presidente da câmara do Porto é a de “uma remodelação profunda” do troço que vai do nó de Francos à rotunda dos produtos Estrela, área de 100 ha, propriedade do município. “A ZEEP Parque Ramalde será a maior operação urbanística em décadas, tornando-se um espaço público de qualidade”, garante o candidato independente. “A cidade precisa de um campus urbano integrado, ligado por mobilidade leve, corredores verdes e hubs criativos em cada bairro, reforçando a ideia de “Porto Primeiro” como pacto entre juventude, emprego e qualidade de vida”, acrescenta. Atualmente ligado sobretudo à indústria automóvel, quais são os setores que o projeto se propõe atrair? “Queremos cinco clusters estratégicos ligados às universidades e à economia global: saúde digital e biotecnologia, indústrias criativas e gaming, cibersegurança, clima e cidades inteligentes, manufatura limpa avançada". Setenta milhões de euros será o valor necessário para tornar a avenida AEP subterrânea, obra que duraria entre dois a dois anos e meio. Para o projeto integral, não há ainda valores estimados. O candidato compromete-se a que fique estabelecido em quatro anos, com desenvolvimento entre 10 a 15, e o financiamento será uma “combinação de investimento privado, fundos europeus e captura de mais-valias urbanísticas revertidas em contrapartidas locais: emprego, estágios e transferência de conhecimento”. Nuno Cardoso promete ainda um "forte impacto do projeto na área do emprego", com a criação de “35.000 postos qualificados até 2032, sendo que os primeiros 5.000 estarão criados em 24–30 meses”. Reforçando o objetivo central "de reter o talento jovem no Porto", a habitação é outra prioridade. Nuno Cardoso compromete-se com a criação de 6.000 novas casas a custos controlados integradas na ZEEP, complementadas por arrendamento acessível e cooperativas". E ainda a promover, na área da sustentabilidade, “uma permeabilidade dos solos em 50% da área dos lotes o que dará no final 375.000m2 de área verde a que se soma o eixo da Avenida enterrada que são mais 100.000m2". "A vida de uma candidatura fora dos partidos é muito difícil, mas não desistiremos” O candidato independente acusa “os partidos estruturantes da democracia, atualmente depaurados, de viciarem o jogo”, garantindo que as listas de cidadãos eleitores "são submetidas a todo o tipo de dificuldades e complicações para se estruturarem". Dá como exemplo António Araújo, cuja candidatura foi rejeitada pelos tribunais. “Para que não nos acontecesse o mesmo, tivemos de concorrer em coligação com pequenos partidos (Nós Cidadãos e PPM) que, devo dizer, nada exigiram em troca. É triste que tenha de ser assim”. Queixando-se da "pouquíssima cobertura jornalística, o que acima de tudo é muito injusto para os portuenses”, Nuno Cardoso granate que “nunca quis ser político profissional". "Estamos a fazer a candidatura Porto Primeiro porque sentimos o dever de estar disponíveis para de novo servirmos o Porto e os portuenses, mas não é fácil concorrer numa lista de cidadãos eleitores”. .Autárquicas. Pedro Duarte propõe construção de um novo terminal rodoviário intermodal em Campanhã.Pizarro promete 5.000 casas a renda moderada para classe média e jovens do Porto