Porta-voz da Conferência de Líderes e cabeças de lista por Évora e Castelo Branco entre as “baixas” da AD

As listas de candidatos a deputados da coligação entre PSD e CDS-PP, que desta exclui o PPM, pelo que os monárquicos defendem que não deverá designar-se Aliança Democrática, têm entre as principais novidades a inclusão de vários membros do Governo de Luís Montenegro que não tinham sido candidatos em 2024, mas também a saída de alguns eleitos nas legislativas anteriores.

O caso mais emblemático é o do veterano parlamentar social-democrata Jorge Paulo Oliveira, que era porta-voz da Conferência de Líderes e um dos secretários da Presidência da Assembleia da República, mas não foi apontado pela concelhia de Vila Nova de Famalicão e ficou de fora da lista de Braga. E também saem as anteriores cabeças de lista por Castelo Branco, Liliana Reis, e Évora, Sónia Ramos. A primeira, professora universitária e comentadora de atualidade internacional, foi uma aposta em 2024 mas acabou por fazer apenas um ano como deputada, enquanto a segunda vai concentrar-se na candidatura à Câmara de Estremoz.

Também saem das listas a veterana da bancada social-democrata Emília Cerqueira, que irá candidatar-se à Câmara de Paredes de Coura, e dois implicados no processo Tutti Frutti, Carlos Eduardo Reis e Luís Newton, que tinham deixado a Assembleia da República no final da legislatura. Para não falar de candidatos nas legislativas de 2024 que se afastaram da vida parlamentar, como o ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa, então cabeça de lista por Santarém, e o professor universitário Óscar Afonso.

Em sentido contrário, entram nas listas, enquanto cabeças de lista, ministros que não foram candidatos a deputados nas legislativas de 2024, como os então eurodeputados Paulo Rangel (Porto), Graça Carvalho (Faro) e José Manuel Fernandes (Europa), ou Margarida Balseiro Lopes (Leiria), Pedro Reis (Castelo Branco), Fernando Alexandre (Santarém) e Castro Almeida (Portalegre). E ainda as secretárias de Estado Ana Isabel Xavier e Cristina Vaz Tomé, ambas em lugares elegíveis pelo círculo de Lisboa.

Novidade será também a inclusão do novo presidente da Juventude Social Democrata, João Pedro Louro, por Lisboa, enquanto o secretário-geral da organização juvenil social-democrata, João Pedro Luís, também poderá entrar para a Assembleia da República, tal como ficou perto de lhe acontecer em 2022, quando tinha 19 anos, desde que a coligação consiga eleger um deputado em Portalegre e o cabeça de lista Castro Almeida continue no Governo.

Sinal de continuidade, além de Nuno Melo (segundo no Porto) e Paulo Núncio (quarto em Lisboa) manterem os lugares elegíveis reservados para o CDS-PP, é o facto de nem sequer se alterar a ordem dos candidatos colocados em lugares elegíveis nos círculos de Bragança, onde o ex-secretario de Estado do Ordenamento do Território, Hernâni Dias, mantém a confiança de Luís Montenegro, e de Viseu, nesse caso com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a encabeçar a lista.