Passos Coelho foi dar apoio a candidato da AD à Câmara do Seixal
O antigo primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, deslocou-se neste sábado ao Seixal para apoiar Bruno Vasconcelos, o social-democrata que é candidato da AD à presidência da Câmara Municipal desse município da Margem Sul, até hoje sempre governado pelo PCP, nas eleições autárquicas de 12 de outubro.
A deslocação de Passos Coelho, que se tem mantido afastado da vida partidária desde que deixou a liderança do PSD, incluiu um almoço com o candidato autárquico social-democrata, na Amora, e uma deslocação à zona ribeirinha.
Bruno Vasconcelos justificou o convite pelo reconhecimento da “coragem ímpar” e “autoridade política sem paralelo” de alguém que, enquanto primeiro-ministro e líder do PSD, ”olhou os problemas de frente e tomou decisões muito difíceis, em tempos muito exigentes, sem medo de poderes instalados, de corporações ou da opinião publicada”.
Para o candidato da AD à Câmara do Seixal, após “quase cinco décadas de poder comunista, o concelho não supera os problemas crónicos de mobilidade, habitação, saúde ou segurança, aos quais junta um défice de visão estratégica que passe pela redução de impostos, visando atrair investimento que crie emprego de qualidade e fixe os jovens”.
Hegemónico a nível autárquico desde o 25 de Abril, com as coligações que liderou a vencerem sempre, o PCP viu a CDU perder a maioria absoluta nas autárquicas de 2021. Teve então 37,74% dos votos e elegeu cinco vereadores, com o PS (30,85%) a garantir quatro, o PSD (9,31%) a ter um e o Chega (8,07%) a conseguir outro, Henrique Freire, que pouco depois passou a independente e foi integrado no executivo camarário do comunista Joaquim Santos. Este último renunciou ao mandato em 2022, e foi substituído por Paulo Silva, que procura agora assegurar mais uma vitória para a CDU.
Além de Paulo Silva e de Bruno Vasconcelos, a Câmara do Seixal será disputado pelo socialista Miguel Feio e pela deputada do Chega Marta Silva. O partido de André Ventura procura fazer uma surpresa num concelho onde foi o mais votado nas legislativas de 18 de maio, com 26,02%, à frente do PS (25,54%) e da AD (20,98%), com a CDU (6,92%) pouco acima da Iniciativa Liberal (5,91%) e do Livre (5,77%).
