Primeiro-ministro Luís Montenegro
Primeiro-ministro Luís MontenegroFERNANDO VELUDO/LUSA

Montenegro nega responsabilidade no atraso da investigação à Spinumviva

“Eu estou muito tranquilo, como estive sempre. Quero que essa averiguação acabe o mais cedo possível. Não é por mim que ela está atrasada", disse este sábado, 27, o primeiro-ministro.
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O primeiro-ministro Luís Montenegro negou hoje ter qualquer responsabilidade na demora no processo de averiguação preventiva aos negócios da empresa familiar Spinumviva, reafirmando estar muito tranquilo.

“Eu estou muito tranquilo, como estive sempre. Quero que essa averiguação acabe o mais cedo possível. Não é por mim que ela está atrasada, isso que fique muito claro”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, à margem de uma ação de pré-campanha para as Autárquicas em S. João da Madeira, no distrito de Aveiro.

No final de uma visita ao Mercado Municipal, o chefe do Governo foi confrontado com uma notícia do jornal Público sobre uma insinuação por parte do seu gabinete relativamente à alegada existência de motivações políticas das autoridades que investigam o caso da Spinumviva, o que foi negado pelo próprio.

“O meu gabinete disse ao jornal Público que eu recebi dois pedidos de esclarecimento, um durante a campanha eleitoral legislativa e outro agora nas vésperas das eleições autárquicas. Isso é um facto, não é insinuação nenhuma, é um facto”, afirmou.

Na sua edição deste sábado, dia 27, o Público refere que o primeiro-ministro associa, numa resposta oficial do seu gabinete, a data dos pedidos de documentação feitos no âmbito da averiguação preventiva ao caso da Spinumviva a duas campanhas eleitorais, insinuando que houve motivações políticas nos timings escolhidos pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária.

No dia 19 de setembro, o primeiro-ministro disse que o pedido do MP de mais documentos sobre a Spinumviva não era nada de mais e que iria enviá-los “o mais rápido possível”.

“Eu já recebi esse pedido, que é um pedido normal (…). Posso dizer que não é nada de mais, mas pronto, aproveitarei nomeadamente a tarde de hoje para tentar reunir os documentos que foram solicitados e enviá-los o mais rápido”, declarou hoje Luís Montenegro aos jornalistas, à margem de um evento no Porto.

O primeiro-ministro recusou, contudo, especificar quais os documentos que lhe foram solicitados.

O MP pediu mais documentação ao primeiro-ministro para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva, disse o Procurador-geral da República (PGR).

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MP pediu mais documentação ao primeiro-ministro sobre Spinumviva. "Nada de mais", diz Montenegro

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