O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta quinta-feira que "está disponibilíssimo" para prestar todos os esclarecimentos necessários à população sobre "todos os assuntos" e pediu o reforço "da confiança" depositada na Aliança Democrática (AD) há um ano."Estou disponibilíssimo para continuar, como sempre, a esclarecer todas as portuguesas e todos os portugueses sobre todos os assuntos que lhes interessem", disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, em Bruxelas, na Bélgica.O primeiro-ministro social-democrata acrescentou que quer que a população decida nas próximas eleições legislativas pela "melhor opção"."Esperando eu que a melhor opção seja a de reforçar a confiança que depositaram na AD nas últimas eleições legislativas", comentou.Sem querer interferir diretamente na campanha para as eleições regionais na Madeira, que termina na sexta-feira, mas aludindo ao PSD, Luís Montenegro opinou que o arquipélago "tem vindo a ter um desempenho económico muito interessante, com uma boa taxa de crescimento".O também presidente do PSD disse esperar "que, portanto, não se perca esse esforço", aludindo ao governo regional que sempre foi chefiado por sociais-democratas..“Prelúdio” ou “nota de rodapé”? O que fica dos 352 dias de Governo. A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que entretanto passou apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.Depois de mais de duas semanas de notícias -- incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva - de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 05 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.O texto foi rejeitado com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.