Luís Montenegro reentrou com tudo na Festa do Pontal, que marca a rentrée política do PSD, e visou o Algarve em particular, com vários grandes anúncios: as construções de um hospital central e das barragens de Alportel e Foupana e o regresso da Fórmula 1 em 2027.As primeiras palavras do primeiro-ministro no seu discurso no Calçadão de Quarteira foram, porém, para os incêndios que assolam o país, comparando-os a uma guerra. "Não esquecemos os nossos compatriotas que por estes dias estão confrontados com um flagelo, uma tragédia que nos tem assolado, fruto das circunstâncias meteorológicas, que são particularmente difíceis e adversas, muitas vezes por falta de cuidado e negligência, condutas criminais, atos de violação das regras de convivência e que guiam a segurança e tranquilidade da nossa sociedade. Estamos a fazer o esforço máximo para não deixar ninguém sozinho, a mobilizar todos os meios que temos para salvaguardar em primeiro lugar vida, saúde e património dos nossos compatriotas e do nosso património natural. Estamos solidários. É um combate que é desigual. Estamos em plena guerra. Primeiro vamos ganhar a guerra, salvar as pessoas e o nosso património e cá estaremos para fazer melhor no futuro", afirmou o líder do Governo..Governo prolonga situação de alerta até domingo. Sexta-feira deverá trazer aumento da velocidade do vento. Depois, Montenegro apontou baterias para o Algarve, uma região que "foi ficando para trás por falta de investimento e falta de coordenação das políticas e de falta de coragem nas decisões".O também líder do PSD anunciou estar "em condições de avançar que o mais tardar no inicio de outubro" será lançado o "concurso público internacional para construção do hospital central do Algarve", uma parceria público-privada com construção prevista para inicio de 2027, entrada em funcionamento para 2030 e investimento de 800 milhões de euros.Logo a seguir, revelou que já foi assegurado o "financiamento para a construção das barragens de Alportel e da Foupana". Será o maior investimento de sempre nesta região", vincou, salientando a necessidade de "diversificar economia do Algarve", dando o exemplo da agricultura.Logo a seguir, mais um grande anúncio: "temos tudo pronto para formalizar regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2027."Montenegro referiu que o Governo quer "uma imigração mais regulada" e que "quem não cumprir as regras tem que sair", considerando não ser "normal partidos pedirem para um tribunal [o Constitucional] tomar decisões políticas" e "mais anormal será os próprios juízes assumirem fazer um juízo político em vez de um juízo jurídico".Sobre a habitação, disse tratar-se de um "problema nacional" que o executivo está a "tentar combater do ponto de vista da acessibilidade para o arrendamento e aquisição", mas que "há uma responsabilidade da qual o Estado não deve abdicar, que é a construção de habitação pública".Relativamente a outras aéreas, disse ser amigo "da Ciência" e manifestou os desejos de uma TAP que "seja viável" e de mais um superavit no final do ano, reforçando a ideia de "transformar o país", incluindo em setores como a justiça. Montenegro deu como exemplos de transformação que pretende implementar a alteração de morada no Cartão de Cidadão, deixando de ser necessária a alteração da mesma noutros setores do Estado, a universalização dos bilhetes de transportes públicos, o pedido de emissão conjunta de vários documentos em caso de perda de carteira e incentivos relacionados com a sustentabilidade energética."Vale mesmo a pena acreditar em Portugal. Não é pelo Governo, embora eu não veja um melhor do que este. Portugal tem um povo fantástico, uma riqueza natural enorme, empreendedorismo, estabilidade económica, social e política, credibilidade externa e está nas grandes decisões geopolíticas (...). Portugal vai ser um país com futuro", concluiu.