A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho.
A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho. Foto: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Ministra do Trabalho convoca UGT para reunião na próxima terça-feira

Encontro tem como ponto único a discussão sobre a reforma laboral, que ontem levou milhares à rua em dia de Greve Geral
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A ministra do Trabalho convocou esta sexta-feira, 12 de dezembro, a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, tendo em vista continuar as negociações sobre o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral, adiantou a tutela à agência Lusa.

"Apesar da realização da greve geral que interrompeu o processo negocial que estava em curso, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social convocou hoje, um dia a seguir à greve geral, a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, às 17h00, para prosseguir as negociações”, revela a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, citada na nota do ministério enviada à Lusa.

O ministério do Trabalho confirmou ainda que está prevista uma reunião plenária com todos os parceiros sociais em sede de Concertação Social para 14 de janeiro, como avançado pelo Expresso, e a poucos dias das eleições presidenciais.

A convocatória surge um dia depois da greve geral convocada pela CGTP e UGT contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo e que estão a ser discutidas em Concertação Social.

O secretário-geral da CGTP afirmou na quinta-feira que a paralisação foi “uma das maiores greves gerais de sempre, se não mesmo a maior greve geral de sempre”, tendo contado com a adesão de “mais de três milhões de trabalhadores”.

“Estamos perante uma impressionante resposta do mundo do trabalho. Não à volta a dar, não há margem de manobra que deixe qualquer espaço para outra conclusão”, disse ainda Tiago Oliveira, citado em comunicado, reiterando o apelo para que o Governo retire o pacote laboral da discussão.

Já do lado do Governo, numa declaração ao final da manhã de quinta-feira, o ministro da Presidência, Leitão Amaro, afirmou que “a esmagadora maioria do país está a trabalhar”, argumentando que as transações financeiras na SIBS estavam “com uma redução de 7% face ao período normal” e que “o trânsito nas pontes do sul para Lisboa” estava a cair 5% .

Realçando que o Governo respeita o direito à greve, António Leitão Amaro considerou ainda que o nível de adesão “é inexpressivo, em particular no setor privado e social”.

“Esta parece mais uma greve da função pública”, disse ainda o governante, reconhecendo os impactos nos transportes ou nos “assistentes nas escolas”.

A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho.
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