Miguel Arruda voltou ao Parlamento depois da polémica do roubo das malas
Foto: Leonardo Negrão

Miguel Arruda voltou ao Parlamento depois da polémica do roubo das malas

“Regresso para continuar a defender os Açores até ao último segundo que me deixarem", referiu em declarações ao Observador.
Publicado a
Atualizado a

O deputado não inscrito Miguel Arruda (ex-Chega), suspeito de furtar malas no aeroporto de Lisboa, regressou esta quinta-feira à Assembleia da República, depois de ter estado ausente durante uma semana.

“Regresso para continuar a defender os Açores até ao último segundo que me deixarem", referiu em declarações ao Observador.

Miguel Arruda, eleito nas listas do Chega nas últimas legislativas, tinha participado pela última vez numa sessão plenária em 24 de janeiro, precisamente no dia em que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, tinha anunciado que o deputado passaria a não inscrito.

Foto: Leonardo Negrão

Nessa sessão, o deputado tinha-se sentado na última fila do hemiciclo, ao lado da bancada do Chega, o que levou o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, a protestar, avisando que não se responsabilizaria pelo que se poderia passar durante o plenário.

A conferência de líderes determinou posteriormente que o lugar de Miguel Arruda continuaria a ser o mesmo: na última fila do hemiciclo, no alinhamento da bancada do Chega. Foi nesse lugar que Miguel Arruda se sentou hoje.

Em 21 de janeiro, Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.

A Assembleia da República já recebeu o pedido do Tribunal Central de Investigação Criminal para ouvir como arguido Miguel Arruda, deputado eleito pelo Chega nos Açores.

Miguel Arruda esta quinta-feira de mahhã no aeroporto de Ponta Delgada antes de embarcar para Lisboa.
Miguel Arruda esta quinta-feira de mahhã no aeroporto de Ponta Delgada antes de embarcar para Lisboa.D.R.

O pedido do Tribunal Central de Investigação Criminal já seguiu para a Comissão Parlamentar de Transparência, a quem caberá agora, nas próximas duas semanas, autorizar o levantamento da imunidade parlamentar de Miguel Arruda.

No passado dia 21, Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar. Uma interpretação que vários deputados contactados pela agência Lusa consideraram "discutível". Ou seja, de acordo com esta interpretação, Miguel Arruda poderia ter sido detido em flagrante delito no passado dia 21.

Miguel Arruda voltou ao Parlamento depois da polémica do roubo das malas
Miguel Arruda não deverá renunciar ao cargo de deputado, afinal já tem funcionários no seu gabinete
Miguel Arruda voltou ao Parlamento depois da polémica do roubo das malas
Tribunal pede ao parlamento para ouvir deputado Miguel Arruda como arguido
Miguel Arruda voltou ao Parlamento depois da polémica do roubo das malas
Chega “não sai ileso” do episódio de Miguel Arruda

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt