O candidato presidencial Marques Mendes alertou esta quarta-feira, 10 de dezembro, que Portugal tem um parlamento muito dividido que tem dentro de si “o germe e a ameaça da instabilidade”, avisando que “Portugal não pode dar passos atrás”.Na apresentação do livro “Luís Marques Mendes – uma vida política”, do jornalista do Observador Luís Rosa, o candidato contou com a presença do presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do presidente CDS-PP, Nuno Melo, os dois partidos que o apoiam na corrida a Belém, além de vários ministros e antigos dirigentes sociais-democratas.O antigo presidente do PSD e candidato a Belém nas eleições de 18 de janeiro defendeu que o próximo Presidente da República não pode, em primeiro lugar, “acrescentar instabilidade à instabilidade que vem lá de fora” e, por outro lado, tem de saber lidar com a situação nacional, que classificou como atípica.“Primeiro pela positiva. Uma situação em que Portugal, no plano internacional, está bem visto. Prestigiado”, afirmou, salientando a distinção da revista The Economist a Portugal.Mas, ao mesmo tempo, com “um parlamento altamente dividido, altamente fragmentado, que tem dentro de si, o germe, o risco, a ameaça da instabilidade”.“Ora, Portugal não pode, nesse plano, dar passos atrás (…) A estabilidade não é qualquer coisa do passado. É do passado, é do presente e é do futuro. Sem estabilidade não há ambição”, disse, apontando estes como os dois grandes objetivos da sua candidatura.