Mariana Mortágua demarca-se de ex-assessor do BE proprietário de AL. "Não merece comentário nenhum"
"Não merece comentário nenhum a não ser este: Quando eu entrei no Bloco de Esquerda, Bernardino Aranda já não era assessor. Portanto, acho que isso dá uma noção de quantos anos passaram desde aí", justificou esta sexta-feira na Assembleia da República a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, em reação à notícia avançada pelo Observador, que dá conta de um antigo assessor do partido que é proprietário de dois alojamentos locais em Alfama e que afirma que, apesar de ter ajudado a recolher assinaturas pelo fim do Alojamento Local através da sua livraria - a Tigre de Papel -, não tem de ser ele a dar as casas que tem.
"No dia em que a Câmara Municipal de Lisboa decida, eu deixo de ter. Mas não é cada um que, individualmente, tem de resolver um problema coletivo”, disse Bernardino Aranda ao Observador.
Confrontada com este caso, Mariana Mortágua sublinhou que não acha "que tenha a responsabilidade de comentar qualquer coisa que qualquer militante do Bloco faça". "Portanto, não tenho qualquer comentário a fazer", sublinhou.
Questionada sobre se considera que há alguma incoerência entre esta posição do ex-assessor e aquilo que o BE defende, a líder do partido diz que não pode dar "justificações sobre o que faz ou diz uma pessoa que, por sua autoiniciativa, é inscrita no Bloco de Esquerda e que foi funcionária do Bloco numa altura em que a própria coordenadora do Bloco de Esquerda nem era do partido ainda".
"Eu acho que tenho tido a maior disponibilidade para responder a todas as questões, mas há, enfim, diria eu, um limite razoável nas perguntas que são colocadas", afirmou Mariana Mortágua, acrescentando que "responderá sempre".