Margarida Blasco define como uma das prioridades do o "revuvenescimento" das forças de segurança e o aumento de efetivos.
Margarida Blasco define como uma das prioridades do o "revuvenescimento" das forças de segurança e o aumento de efetivos.Foto: TIAGO PETINGA/LUSA

MAI promete "rejuvenescimento" e aposta na saúde mental da PSP e GNR enquanto espera pelo RASI

A ministra da Administração Interna assumiu esta quarta-feira que "a desertificação das forças [de segurança] é evidente" e fez um resumo dos concursos que foram abertos para fazer este reforço.
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A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmou esta quarta-feira, no Parlamento, onde está a ser ouvida na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que "a desertificação das forças é evidente".

Margarida Blasco respondia ao deputado do PSD António Rodrigues que, demonstrando preocupação relativamente ao "rejuvenescimento das forças de segurança", pegava numa nota que a ministra deixara na sua intervenção inicial, ao afirmar que "o atual Governo conseguiu alcançar conquistas históricas".

"Vamos ter de desenvolver um conjunto de procedimentos, apostar no recrutamento e na atratividade da carreira para inverter essa pirâmide [invertida]", completou a ministra.

Para descrever a resposta do Governo ao problema que identificou, Margarida Blasco explicou que está a decorrer na escola de polícia um curso de formação de agentes com cerca 470 futuros agentes, adiantando também que vai ser aberto um concurso para mais 800.

Sobre a GNR, a governante disse que em março termina o curso de guardas com novos 400 militares.

Margarida Blasco alertou que, na PSP, há 60% dos agentes tem "mais de 40 anos".

"Temos de fazer rapidamente um rejuvenescimento desta instituição, a média etária é muito elevada", afirmou a ministra, momentos antes de reforçar fazer um balanço social, identificando que as idades são "muito elevadas". "Contra mim falo", acrescentou.

Na sua intervenção inicial, a ministra garantiu ainda o empenho do Governo "na saúde mental dos profissionais da PSP e da GNR", alertando para um "desgaste psicológico".

"Estamos a desenvolver um plano de acompanhamento psicológico", prometeu a ministra.

Na primeira ronda de perguntas feitas pelos deputados, um dos temas mais abordados foi a falta de dados atuais sobre aumento de criminalidade para aferir necessidades de atuação.

Ainda assim, com a indicação de que foi aumentada a moldura penal para crimes relacionados com agressões a agentes da PSP e militares da GNR, a ministra disse que iria "aguardar pelo relatório que está a ser elaborado" sobre a segurança em 2024, em referência ao Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

Assim, quando houver "valores corretos e sedimentados", a ministra garantiu que terá "todo o gosto" em ir ao Parlamento "explicar o RASI depois da sua entrega, a 31 de março".

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