Lei laboral. José Luís Carneiro adverte primeiro-ministro que pessoas não são linhas vermelhas
FOTO: HUGO DELGADO/LUSA

Lei laboral. José Luís Carneiro adverte primeiro-ministro que pessoas não são linhas vermelhas

O líder do PS sublinhou que a oposição à alteração à lei laboral proposta pelo Governo é defender jovens, mulheres e trabalhadores.
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José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, advertiu este domingo, 31 de agosto, o primeiro-ministro que “pessoas não são linhas vermelhas”, insistindo que a oposição do PS à alteração à lei laboral proposta pelo Governo é defender jovens, mulheres e trabalhadores.

“Que fique claro para o senhor primeiro-ministro: as pessoas não são linhas vermelhas. Quando nós dizemos que o Orçamento do Estado (OE) não pode dar respaldo a alterações das leis laborais que põem em causa os mais jovens, que ofendem as mulheres, que ofendem os trabalhadores mais vulneráveis, isto não são linhas vermelhas, isto é defender a vida das pessoas”, afirmou José Luís Carneiro.

O líder socialista foi questionado pelos jornalistas, em Ribeira de Pena, onde esteve na apresentação da recandidatura do presidente da Câmara, João Noronha, sobre as declarações de Luís Montenegro que hoje antecipou que a discussão do próximo OE vai ser “relativamente simples”, mas avisou a oposição que o Governo não negociará com base em ultimatos ou linhas vermelhas.

Já durante a semana, durante a viagem que fez pela Estrada Nacional 2 (EN2), José Luís Carneiro, afirmou que o PS se irá opor a opções que sejam inscritas no próximo Orçamento que traduzam as alterações à legislação laboral que o Governo pretende aprovar.

“As leis laborais têm dimensões que ofendem gravemente os mais jovens, ofendem gravemente as mulheres trabalhadoras, ofendem a família, e ofendem os trabalhadores mais vulneráveis”, insistiu hoje o secretário-geral do PS.

José Luís Carneiro disse, no entanto, que é preciso aguardar pela proposta do OE.

“Porque, como já dissemos muitas vezes, nós somos a favor da estabilidade política, mas é preciso que a estabilidade assente em pressupostos de justiça social, de dignidade das pessoas e de salvaguarda dos valores”, frisou.

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