O Congresso de dia 20 de dezembro do PAN, deste sábado, terá duas listas a concurso, mas será um mero formalismo a reeleição de Inês de Sousa Real como porta-voz. Em Coimbra, onde o PAN conseguiu fazer parte da solução autárquica vencedora encabeçada por Ana Abrunhosa e em associação com PS, Livre e Cidadãos por Coimbra, Carolina Pia, opositora de Sousa Real, não se fará representar, garantiu ao DN, por considerar ilegal o congresso. Sem representação de delegados, por serem considerados inativos vários distritos, prevalece a superioridade numérica nos principais distritos, à cabeça Lisboa, Porto e Setúbal. “Não vamos estar num congresso que viola os estatutos do próprio partido”, aponta ao DN Carolina Pia, antecipando: “De acordo com a legislação do Tribunal Constitucional, temos até cinco dias corridos depois do ato eleitoral para realizar uma impugnação. E assim será feito, posto que os três primeiros processos pediam rapidez processual, que não foi atendida”. A licenciada em Direito pertence à distrital de Viseu, hoje considerada inativa, após a demissão da jovem, em desacordo com Sousa Real. A atual porta-voz terá a reeleição confirmada. Só a lista por si encabeçada apresentou delegados, acumulando um total de 54, em Lisboa, e 39, no Porto, entre efetivos e suplentes. Sendo Lisboa e Porto os dois principais círculos eleitorais do partido, seria sempre previsível que Sousa Real permanecesse no posto máximo do PAN, que ocupa desde 2021, já que há distritos que estão sem representação direta ou indireta, o que capitaliza, ainda mais a importância dos grandes centros urbanos.Sousa Real viu várias saídas da Comissão Política, mas Pedro Fidalgo Marques, candidato às europeias, volta a integrar a lista principal da porta-voz depois de se ter afastado da Comissão Política Nacional em discordância com a gestão. A oposição há muito reivindicava o congresso, Sousa Real justificou que, em período de autárquicas, não era viável fazê-lo e, quando o convocou, deu, sensivelmente, duas semanas para a elaboração das listas. Desde 18 de novembro que o Tribunal Constitucional tem reivindicações em mãos. Até aqui, estão feitos três pedidos de impugnação, mas a decisão, a vir, só anulará resultados à posteriori. .PAN. Inês de Sousa Real tem caminho aberto à reeleição.PAN. Carolina Pia tem candidatura a porta-voz aprovada, mas não vai comparecer no Congresso