Rui Rocha recorreu à rede social X para comunicar sentido de voto.
Rui Rocha recorreu à rede social X para comunicar sentido de voto.Foto: Paulo Alexandrino / Global Imagens

Iniciativa Liberal votará contra ida de Marcelo a Moçambique

Partido prepara-se para votar contra uma deslocação presidencial pela quarta vez. E chama "candidato do regime" a Daniel Chapo, cuja tomada de posse está marcada para a próxima quarta-feira.
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A Iniciativa Liberal votará contra se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir ir a Moçambique para a cerimónia de tomada de posse de Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, declarado vencedor das eleições, apesar de os resultados estarem a ser contestados pelo candidato da oposição, Venâncio Mondlane.

Esse sentido de voto foi revelado pelo líder do partido, Rui Rocha, numa publicação na rede social X, na qual designa Daniel Chapo como "candidato do regime". A cerimónia de tomada de posse está marcada para a próxima quarta-feira, 15 de janeiro, tendo Marcelo Rebelo de Sousa recebido um convite do presidente cessante de Moçambique, Filipe Nyusi.

Caso a Presidência da República peça a aprovação da Assembleia da República para a deslocação a Moçambique, será a quarta ocasião em que os deputados liberais votarão contra. Também votou contra a ida ao Mundial do Catar e duas viagens de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola: para a tomada de posse do atual Chefe de Estado, João Lourenço, e para as cerimónias fúnebres do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou Daniel Chapo como vencedor das eleições presidenciais de 9 de outubro, tendo-o feito apenas a 23 de dezembro. Os resultados oficiais atribuíram 65,17% dos votos ao candidato da Frelimo, partido que se mantém no poder desde a independência, mas não são aceites por Venâncio Mondlane.

O candidato da oposição regressou a Maputo nesta quarta-feira, acusando o regime de estar a perpetrar "um genocídio silencioso", traduzido na morte de centenas de pessoas em tumultos e confrontos desde outubro de 2024. Em Portugal, tanto o Governo como a Presidência da República têm apelado ao diálogo entre as duas partes.

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