Deputado do Chega Pedro Pinto gesticula em sessão na Assembleia da República.
Deputado do Chega Pedro Pinto gesticula em sessão na Assembleia da República.Leonardo Negrão

Funcionários parlamentares denunciam “descontrolo” de atitudes do Chega e pedem proteção

Sindicato alerta sobre ataques à “dignidade” e “saúde mental” dos trabalhadores e relata episódios de acusações de falta de neutralidade política dentro do Parlamento.
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Os funcionários parlamentares apresentaram uma queixa à secretária-geral da Assembleia da República contra o grupo parlamentar do Chega. De acordo com informação avançada pelo Expresso , o sindicato que os representa fala em atitudes que “afetam profundamente a dignidade, autoestima, saúde mental e integridade física dos trabalhadores”.

Na carta enviada a Anabela Cabral Ferreira e ao Conselho de Administração o sindicato pede medidas urgentes de proteção. Em causa estão acusações de que os funcionários teriam alterado Diários da Assembleia para ocultar apartes dirigidos ao Chega. O sindicato lembra o caso levantado por Pedro Frazão sobre "falta de fidedignidade da transcrição da sessão de 17 de setembro".

À época, o deputado alegou que a ata omitira “protestos e contraprotestos” de Hugo Soares, que descreveu como “intimidatórios e desabridos”, chegando a falar em “ameaças de agressão física”. Mas no despacho que rejeitou o recurso, José Pedro Aguiar-Branco escreveu que não havia “qualquer evidência de falta de autenticidade ou fidedignidade”.

Outro episódio citado ocorreu no dia 27 de outubro, quando André Ventura e a bancada do Chega acusaram os serviços de cortarem o tempo de intervenção do partido, algo que cabe ao presidente da Assembleia. Nessa ocasião, afirmaram que “os funcionários da Assembleia da República têm de respeitar a representatividade da Assembleia da República [...] e não estão aqui por eles, estão aqui pagos pelos impostos dos portugueses”.

A queixa aponta que estes comportamentos estão a causar “enorme desconforto” e “extrema ansiedade”, por colocarem em causa a “idoneidade e o bom nome” dos trabalhadores, “não se admitindo a violação do direito à honra e seriedade”.

O Expresso adianta ainda que a secretária-geral remeteu a queixa para o gabinete de Aguiar-Branco. A mesma estrutura informou que não houve qualquer solicitação dirigida ao presidente da Assembleia da República, uma vez que o tema não se enquadra nas suas competências.

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