PSD vence na Madeira, mas fica a um deputado da maioria absoluta. "Não há equívocos", diz Albuquerque

Os madeirenses forama votos este domingo para escolher um novo governo regional. É a terceira vez em quase dois anos.
Miguel Albuquerque volta a vencer as eleições na Madeira.
Miguel Albuquerque volta a vencer as eleições na Madeira.GREGÓRIO CUNHA/LUSA

Marcelo assinala maioria absoluta do PSD e CDS e evita leituras nacionais

O Presidente da República considerou hoje que os eleitores na Madeira votaram na estabilidade e deram uma maioria absoluta a dois partidos, o PSD e o CDS, e evitou fazer leituras sobre as legislativas de maio.

"Houve maioria absoluta, uma vez que o PSD com o CDS têm maioria absoluta", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP 3, após o jogo da seleção de Portugal contra a Dinamarca, no Estádio de Alvalade, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "os eleitores aparentemente escolheram a solução da estabilidade e não propriamente soluções alternativas".

"Ao fim de tantas eleições disseram: vamos dar a este somatório, a estes partidos, que lá estavam, a chance para, com maioria absoluta, governarem", afirmou.

Questionado sobre leituras entre as regionais e as legislativas nacionais antecipadas de 18 de maio, o Presidente evitou responder e fazer comparações: "As [eleições] da Madeira posso comentar porque já ocorreram. As outras não posso comentar."

PAN considera que causas ambientais ficam mais pobres

O PAN/Madeira afirmou hoje que as causas animais, ambientais e sociais ficaram mais pobres com a falha na eleição de qualquer deputado deste partido para a Assembleia Legislativa Regional.

"Desde o momento em que fomos eleitos, o nosso objetivo sempre foi pensar no bem-estar da população, trabalhar em medidas na área da causa animal, ambiental e social, que, infelizmente, hoje fica mais pobre na Assembleia Legislativa Regional", disse a cabeça de lista e dirigente regional, Mónica Freitas, que não conseguiu ser reeleita.

O PAN conseguiu hoje 2.322 votos, correspondendo a 1,62% da votação, e foi a oitava força mais votada. Nas eleições regionais realizadas em 26 de maio de 2024, tinha obtido 2.531 votos (1,90%).

A deputada disse que, mesmo fora do parlamento, o partido vai continuar "sempre com a mesma motivação, com o mesmo amor à camisola, no terreno, a pensar nas pessoas em primeiro lugar e a trabalhar para os próximos desafios políticos".

Lusa

Livre lamenta "derrota das forças progressistas"

O deputado do Livre Jorge Pinto considerou hoje que o resultado das eleições na região autónoma da Madeira representa "uma derrota das forças progressistas", mas rejeitou que o partido saia enfraquecido para futuros combates eleitorais.

"É uma derrota das forças progressistas, e um voto de confiança que é dado pelos madeirenses a uma figura, a Miguel Albuquerque, que está a braços com problemas judiciais, enfim, e que para além de tudo isso tem o grande problema político de, na nossa ótica, evidentemente, não estar a contribuir para o desenvolvimento da Madeira como este devia ser feito, e certamente não estar a contribuir para a preservação do arquipélago no sentido ecológico", considerou Jorge Pinto, em declarações à Lusa.

Lusa

JPP diz que vai fiscalizar PSD seja como oposição ou governo alternativo

O secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, garantiu que, seja como líder da oposição ou num governo alternativo, vai intensificar a fiscalização ao PSD, que voltou a vencer as eleições regionais de hoje sem maioria.

"Se Deus quiser, seja num governo alternativo, ou seja como segunda força política na Madeira, nós não vamos deixar o PSD fazer aquilo que fez até hoje. Vamos intensificar a responsabilidade de fiscalizar o que o PSD vai fazer", afirmou Élvio Sousa, cabeça de lista do partido às eleições antecipadas.

O secretário-geral do JPP e cabeça de lista às regionais falava numa unidade hoteleira do concelho de Santa Cruz, perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes, depois de terem sido conhecidos os resultados oficiais provisórios das eleições legislativas da Madeira.

Élvio Sousa felicitou todos os partidos que concorreram às eleições e enalteceu o facto de o seu partido ter vencido o município de Santa Cruz e ficado em segundo lugar em seis municípios, recebendo aplausos e gritos de apoio dos presentes na sala.

Lusa

CDS-PP ainda não conversou com PSD mas está disponível para se sentar à mesa

O CDS-PP ainda não conversou com o PSD, que venceu as eleições legislativas antecipadas de hoje na Madeira, mas garante que se sentará à mesa negocial, remetendo a decisão sobre um eventual acordo de governo para "os próximos dias".

José Manuel Rodrigues, o único deputado eleito pelo CDS-PP (que perdeu um lugar no parlamento), disse aos jornalistas, no Funchal, que vai reunir os órgãos do partido para refletir sobre os resultados e comunicar uma decisão "nos próximos dias".

Além disso, é preciso "saber se o partido vencedor deseja um entendimento com o CDS-PP", assinalou, deixando uma garantia: "Se desejar, vamo-nos sentar à mesa e aquilo que poremos em cima da mesa são as nossas propostas e as nossas soluções para resolver os problemas das pessoas, das famílias e das empresas".

Até agora, "não houve nenhuma conversa com o PSD sobre coligações ou entendimentos", frisou. "Ainda não recebi [um telefonema de Miguel Albuquerque, líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional], mas não estou ansioso para o receber", disse.

O CDS-PP, que já governou com o PSD e que nesta legislatura tinha um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas, obteve 3,00% dos votos, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.

José Manuel Rodrigues destacou os "sinais dados pelo eleitorado" de que "querem um governo para os próximos quatro anos", assegurando que os madeirenses e porto-santenses "podem continuar a contar com o CDS para que a Madeira possa, a partir de agora, ter mais estabilidade política e melhor governabilidade".

No que diz respeito ao facto de Miguel Albuquerque ser arguido, o líder do CDS-PP/Madeira recordou que sempre disse "à política o que é da política, à justiça o que é da justiça" e sublinhou que os madeirenses voltaram a eleger o líder do PSD/Madeira.

Lusa

Chega recusa apoio ao PSD e promete fazer oposição a executivo de Albuquerque

O líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, avisou hoje que o PSD, vencedor das eleições legislativas regionais antecipadas sem maioria absoluta, não terá o apoio do partido e prometeu fazer oposição ao executivo de Miguel Albuquerque.

"A moção de censura que apresentámos ao Governo Regional, por [causa de] Miguel Albuquerque, se fosse hoje, apresentávamo-la na mesma", disse, vincando que o Chega não cede nos seus princípios.

O Chega, que em 2024 elegeu quatro deputados ao parlamento regional, mas viu uma eleita desvincular-se do partido, baixou hoje a votação, obtendo três mandatos, com 5,47%, enquanto o PSD alcançou 43,43% dos votos e 23 lugares (mais quatro), falhando por um a maioria absoluta.

Miguel Castro, que foi o cabeça de lista, considerou, no entanto, que o partido não foi penalizado por ter apresentado a moção de censura ao Governo Regional minoritário do PSD, aprovada em 17 de dezembro do ano passado, situação que motivou a queda do executivo e a convocação de eleições antecipadas.

"O Chega não se pauta pelos assentos da Assembleia, o Chega pauta-se pelos princípios que defende e nós defendemos sempre que o Governo Regional da Madeira, os madeirenses, não podem ser representados por uma pessoa que está na condição judicial em que Miguel Albuquerque está [arguido]", explicou, realçando ter sido por isso que avançou com a moção de censura.

"Nada pessoal contra o cidadão Miguel Albuquerque, tudo contra o político Miguel Albuquerque", declarou.

Miguel Castro, que falava na sede do partido, no centro do Funchal, onde o ambiente era pouco festivo, saudou os "dois partidos vencedores da noite", nomeadamente o PSD e o JPP, que passou hoje para segunda força política na Madeira, ultrapassando o PS, ao eleger 11 deputados, mais dois, com 21,05% dos votos.

"Se os madeirenses assim entenderam, que preferem que seja o PSD a governar, que seja, mas que arranje os entendimentos com quem quiser e, obviamente, não será com o Chega", avisou, para logo reforçar: "O Chega será oposição a este Governo de Miguel Albuquerque".

Apesar do "resultado menos positivo", Miguel Castro assegurou que o partido "continua firme" e mantém um "grupo parlamentar forte".

"É para isso e é por isso e é pelos madeirenses, por aqueles que deram a confiança ao Chega, que vamos aqui estar", realçou.

Lusa

JPP ultrapassa PS em seis dos 11 concelhos além de vencer em Santa Cruz

 O JPP ultrapassou hoje o PS em seis dos 11 concelhos da Madeira nas legislativas regionais, além de voltar a vencer em Santa Cruz, posicionando-se como segunda força política mais votada no arquipélago, segundo os resultados provisórios do sufrágio.

De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o Juntos Pelo Povo (JPP) foi a segunda força política mais votada no Funchal, Calheta, Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Santana e São Vicente, concelhos que nas anteriores eleições regionais, realizadas em maio de 2024, tinham o PS como segundo partido com mais votos.

O JPP voltou a vencer em Santa Cruz, com 36,72%, mantendo a liderança em relação ao PSD, partido que permanece em segundo lugar no concelho, com 35,12%. Segue-se o PS, com 10,44%, indicam os resultados provisórios.

O PS, derrotado nestas eleições (passou para terceiro partido no arquipélago), foi a segunda força mais votada em quatro dos 11 concelhos da Madeira, designadamente Porto Moniz, Porto Santo, Machico e Ponta do Sol.

Lusa

Albuquerque diz que não há equívocos sobre o que os madeirenses querem

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que "não há qualquer equívoco" em relação àquilo que os madeirenses querem, destacando que o partido alcançou a maior votação desde 2015 nas legislativas regionais deste domingo.

"Foi a maior votação de sempre desde que assumi a liderança", referiu, acrescentando que o PSD ficou apenas a 300 votos da maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Madeira.

Numa declaração na sede do PSD/Madeira, no Funchal, Miguel Albuquerque disse ainda que "hoje é dia de festejar" e não falou com mais nenhum partido esta noite.

Lusa

Luís Montenegro saúde vitória "extraordinária" do PSD

O presidente do PSD, Luís Montenegro destacou hoje no Porto a "extraordinária vitória" social-democrata nas eleições regionais da Madeira, afirmando que o povo, "mais uma vez, provou sabe resolver nas urnas" os problemas causados na política.

"Efetivamente, o povo madeirense provou, uma vez mais, a sua paciência para resolver nas urnas aquilo que os políticos não foram capazes de resolver na Assembleia Legislativa", afirmou Luís Montenegro, na reação aos resultados das eleições legislativas antecipadas que deram mais uma vitória ao PSD regional.

O líder social-democrata afirmou que "esta vitória corresponde, também, a uma derrota em toda a linha de uma oposição concertada e destrutiva do PS e do Chega".

Lusa

Cafôfo assume derrota do PS e mantém-se como líder

O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, reconheceu hoje a derrota nas legislativas regionais, afirmando que depois das autárquicas deste ano irá "abrir um processo para a liderança" da estrutura partidária.

"Até lá, o partido tem de estar focado nos desafios eleitorais e, por isso, eu, com toda a responsabilidade, irei liderar o partido", afirmou Cafôfo, que falava na sede da estrutura partidária, no Funchal, e foi nestas eleições, pela terceira vez, cabeça de lista socialista (depois de 2019 e 2024).

Quando já estavam atribuídos 39 dos 47 assentos parlamentares do arquipélago, o PSD tinha 20 mandatos, o JPP nove, o PS sete, o Chega dois e o CDS um. A confirmar-se esta ordem, os socialistas passam de primeira para segunda força da oposição.

Lusa

Acabou a contagem: PSD vence com 43,43% e fica a um deputado da maioria absoluta

Terminou a contagem oficial na Madeira, confirmando-se a vitória do PSD nas eleições para a Assembleia Legislativa Regional, onde ficam a apenas um deputado da maioria absoluta. Os sociais-democratas obtiveram 43,43% e garantiram 23 deputados, à frente do Juntos pelo Povo, que pela primeira vez foi a segunda força mais votada na região autónoma, atingindo 21,05% e obtendo 11 mandatos, à frente do PS, que desceu para 15,64% e elegerá apenas oito deputados.

Também estarão representados na Assembleia Legislativa Regional da Madeira o Chega, que teve 5,47% e três eleitos, e o CDS-PP, com 3% e apenas um eleito, tal como a Iniciativa Liberal, que ficou por 2,17%.

Sem representação parlamentar passa a estar o PAN, que teve 1,62%, sendo ultrapassado pela CDU, com 1,78%.

Pedro Nuno Santos assume derrota do PS/Madeira e recusa ilações nacionais

O secretário-geral socialista Pedro Nuno Santos assumiu hoje a derrota do PS/Madeira nas eleições regionais e recusou retirar qualquer ilação para as legislativas antecipadas por considerar que não se pode fazer uma relação com a política nacional.

"É uma derrota do PS da Madeira. Não há como ignorar. Lamento apenas que tenha ganhado o PSD/Madeira e Miguel Albuquerque em particular", disse Pedro Nuno Santos numa reação na sede do PS, em Lisboa, ainda antes de estarem apurados os resultados finais na Madeira.

O líder do PS recusou fazer uma leitura nacional do resultado considerando que a "relação com a política nacional não pode ser feita".

"Relativamente à política nacional não tiro nenhuma ilação. Basta nós fazermos uma leitura destes 50 anos de eleições na Madeira e de eleições no país para percebermos que essa relação não pode ser feita", afirmou, referindo que o PS "nunca ganhou uma eleição na Madeira e é o partido que mais eleições ganhou no país".

Pedro Nuno Santos, que não esteve na Madeira no período oficial de campanha, escusou-se ainda a fazer qualquer apreciação sobre as decisões tomadas pelo PS na Madeira, apontando "um grande respeito pela autonomia regional".

"Não posso comentar a vida interna do PS/Madeira. Não é porque queira fugir à questão é porque levamos mesmo a autonomia a sério", respondeu quando questionado se entendia que Paulo Cafôfo tinha condições para continuar à frente da estrutura regional depois desta pesada derrota.

Segundo o líder do PS, "a escolha dos dirigentes do PS/Madeira é dos seus militantes" e não do secretário-geral socialista.

"Nós faremos o nosso trabalho nestas eleições legislativas que não são da responsabilidade do PS. É o Governo, é Luís Montenegro que são os responsáveis exclusivos por estarmos novamente em eleições legislativas", reiterou.

No início da sua intervenção - que foi acompanhada na primeira fila pelo presidente do PS, Carlos César - Pedro Nuno Santos cumprimentou o povo da Madeira pela participação eleitoral, todos os eleitos para os órgãos regionais da Madeira e os socialistas da Madeira.

"Desejar ao futuro Governo Regional da Madeira os maiores sucessos, garantindo desde já que nós, no Governo da República, tudo faremos para garantir uma boa relação institucional com a região autónoma da Madeira, defendendo sempre um desenvolvimento coeso", disse, assumindo este compromisso "como líder do PS no futuro Governo da República" em caso de vitória nas eleições legislativas de 18 de maio.

Lusa

PSD recupera concelho de Machico onde PS ganhou nas anteriores eleições

O PSD voltou a ser o partido mais votado em Machico, no âmbito das eleições legislativas da Madeira, reconquistando a posição de liderança neste concelho que, no anterior ato eleitoral, foi alcançada pelo PS, segundo os resultados provisórios.

De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), nas eleições legislativas madeirenses, que se realizaram hoje, o PSD venceu no concelho de Machico, com 40,12% (4.442 votos) e o PS foi a segunda força política mais votada, com 26,99% (2.988 votos).

Nas anteriores eleições legislativas da Madeira, que se realizaram em maio de 2024, o PS venceu, por 22 votos, em Machico, retirando este concelho ao PSD.

Lusa

Alberto João Jardim defende bloco central

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, defendeu hoje um bloco central entre PSD e PS, assente no entendimento de "alargar a autonomia política" do arquipélago, que hoje realizou eleições legislativas antecipadas.

"Eu sou a favor de um bloco central. Claro que, para haver um bloco central, o PSD tem de querer e o PS tem de querer", disse, comentando as projeções eleitorais na RTP Madeira.

"O problema" está nas lideranças, apontou, reconhecendo que esse cenário "é quase impossível".

Mas, num quadro "meramente teórico", o social-democrata apontou "o que seria o ideal" para a Madeira.

"Não acredito é que esta gente seja capaz do ideal", lamentou, classificando a classe política madeirense atual como "menos patriótica e mais partidocrata" e sem "a grandeza" necessária para fazer isso.

O ex-líder regional insistiu que "uma aliança PSD-PS seria possível desde que houvesse um contrato entre os dois partidos no sentido de "um alargamento da autonomia política da Madeira", o que significaria "pôr a Madeira à frente" e não estas "brincadeiras partidárias".

O futuro da Madeira passa por "alargar a autonomia política" e, para tal, "é necessário o contributo do PSD e do PS", realçou.

No mesmo espaço de comentário da RTP Madeira, o socialista Maximiano Martins reagiu à proposta de bloco central reduzindo essa possibilidade a um acordo entre os dois maiores partidos "em matérias governativas", como se passou a nível nacional. "São possíveis", disse.

No caso de o cenário pós-eleitoral vir a passar por acordos do PSD -- que, segundo as projeções, está no limiar da maioria absoluta -- com partidos à direita (ainda que estes os façam depender da substituição de Miguel Albuquerque na chefia do governo), Alberto João Jardim alertou para "a precariedade dos acordos parlamentares", defendendo que, "para um governo durar quatro anos", os partidos que o suportam devem ser chamados a "responsabilidades governativas".

Isso porque "ter partidos que apoiam, mas depois tiram o tapete, lança outra vez uma sensação de instabilidade, de falta de certeza", realça.

Lusa

Líderes do JPP e do PS já foram eleitos

Os líderes do JPP e do PS, respetivamente Élvio Sousa e Paulo Cafôfo já estão eleitos para Assembleia Regional da Madeira.

Quando estão apurados 55,56% dos votos, o PSD elegeu Miguel Albuquerque, José Prada e Rubina Vargas.

Chega garante não viabiliza governo de esquerda

O Chega/Madeira não quis hoje comentar a projeção de resultados das eleições regionais antecipadas, que aponta para uma quebra de votação no partido, mas garantiu que não viabilizará de "modo algum" um governo à esquerda.

De acordo com a projeção, o Chega poderá eleger entre dois a quatro deputados, com uma votação entre 4 e 7%, enquanto o PSD fica no limiar para a maioria absoluta no parlamento do arquipélago, podendo eleger entre 21 e 24 deputados, com uma votação entre 41 e 46% nas eleições antecipadas de hoje.

"Parece-nos ainda um pouco prematuro reagir a estas sondagens, uma vez que elas não refletem os verdadeiros números dos votos. Por isso, nós não iremos adiantar grandes comentários em relação à sondagem", afirmou o candidato Ricardo Correia.

O candidato, sétimo na lista do Chega, falava na sede do partido, no Funchal, pouco depois de divulgada a projeção da Universidade Católica para a RTP.

"Só queremos dizer que acreditamos ainda e confiamos que o Chega fará ainda parte de uma solução governativa aqui na Região Autónoma da Madeira", afirmou Ricardo Correia, acrescentando, por outro lado, que o partido não viabilizará, de "modo algum", um governo à esquerda.

"É uma posição firme, que depois será explicada pela comissão política. Mas é certo que não iremos viabilizar um governo à esquerda", reforçou, indicando que a decisão inclui o JPP, o segundo partido mais votado de acordo com projeção do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, com a eleição de nove a 12 deputados.

"Vamos aguardar mais um pouco e depois iremos fazer a reação mais apropriada", disse Ricardo Correia, insistindo ser prematuro comentar o número de deputados que o Chega vai ou não eleger.

Lusa

Miguel Albuquerque é o primeiro eleito da noite

O social-democrata Miguel Albuquerque foi o primeiro dos 47 deputados da Assembleia Legislativa Regional da Madeira a ser eleito.

Quando ainda falta apurar 37 freguesias, incluindo a maioria das que têm mais eleitores, o PSD vai à frente, com 46,2%, enquanto o PS tem 21,29% e o Juntos pelo Povo segue em terceiro, com 16,69%.

Nas eleições regionais do ano passado, considerando as freguesias já apuradas, o PSD tivera 41,7%, o PS 25,5% e o Juntos pelo Povo 10,29%.

Juntos pelo Povo diz que "ainda é muito cedo para falar em coligações"

A deputada Patrícia Spínola, do Juntos pelo Povo, reagiu à projeção da Universidade Católica para a RTP, que aponta o seu partido como o segundo mais votado nas eleições regionais madeirenses deste domingo, dizendo que "ainda é muito cedo para falar em coligações pós-eleitorais".

Apesar de o estudo abrir a possibilidade de o PSD-Madeira voltar a dispor de uma maioria absoluta, o que não sucede desde 2015, a dirigente do Juntos pelo Povo disse que se mantém a esperança de que se possa "constituir um governo diferente daquele que a região tem conhecido nas últimas décadas". Mas salientou que provavelmente só nos próximos dias será claro o que vai acontecer.

PS-Madeira destaca "intervalo enorme" na projeção que dá maioria 

O líder parlamentar do PS-Madeira, Vítor Freitas, comentou a projeção da Universidade Católica, divulgada pela RTP, que aponta para a descida dos socialistas a terceira força partidária madeirense, realçando o "intervalo enorme" entre os mínimos e máximos de votos e mandatos previstos.

"Há um cenário possível de maioria absoluta, mas também de Governo sem maioria", disse o deputado regional socialista, minutos após a projeção que coloca o PS atrás do PSD e do Juntos pelo Povo, com apenas entre 14% a 18% de votos, e podendo eleger entre sete e dez deputados, o que implicaria a perda de um mandato mesmo que se concretizasse o valor máximo da projeção.

Para Vítor Freitas, os dados conhecidos "ainda não garantem maioria nem à direita nem à esquerda", embora os intervalos apontem como mais provável uma maioria de direita, pois PSD, Chega, CDS e Iniciativa Liberal poderão eleger um mínimo de 23 e um máximo de 32 deputados na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que é composta por 47 deputados.

PSD-Madeira: "Quem censurou foi censurado"

O dirigente regional social-democrata Jorge Carvalho fez a primeira reação do PSD-Madeira à projeção da Universidade Católica para a RTP, que abre a possibilidade de maioria absoluta para o partido liderado por Miguel Albuquerque, o que não sucedia desde as eleições regionais de 2015.

"Quem censurou foi censurado, nomeadamente o autor e quem aproveitou para derrubar o governo", disse Jorge Carvalho, referindo-se à moção de censura que ditou a queda do executivo regional minoritário de Miguel Albuquerque, forçando a realização de eleições regionais antecipadas.

Sobre os resultados "extremamente positivos" da projeção, que atribui entre 41% e 46% de votos para os sociais-democratas, com a eleição de 21 a 24 deputados regionais, o dirigente disse que se trata de "uma afirmação clara de que os madeirenses pretendem estabilidade, certeza nas suas vidas e previsibilidade quanto ao desenvolvimento da região".

PSD-Madeira pode voltar à maioria absoluta

O PSD-Madeira venceu as eleições regionais da Madeira, segundo a sondagem divulgada pelo Centro de Estudos e Sondagens da Opinião da Universidade Católica, podendo atingir a maioria absoluta pela primeira vez desde 2015.

Segundo o estudo divulgado pela RTP, o PSD terá entre 41% e 46%, o que daria entre 21 e 24 deputados - sendo 24 a maioria absoluta -, enquanto o Juntos pelo Povo atinge pela primeira vez o segundo lugar, com 18% a 22% e entre 9 e 12 mandatos.

Caso se confirmem estes resultados, o grande derrotado é o PS de Paulo Cafôfo, que desce para terceira força partidária madeirense, com 14% a 18% dos votos, e terá apenas 9 a 12 deputados.

O Chega será o quarto partido, com a projeção revelada pela RTP a dar entre 4% e 7% ao partido, o que traduzirá entre dois e quatro mandatos.

Pior fica o CDS-PP, com 1% a 4%, tal como a Iniciativa Liberal. Caso isto se confirme, não é garantido que nenhum dos partidos se mantenham na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, podendo ter entre zero e dois mandatos. E também o PAN poderá perder a sua deputada única, tendo entre 1% e 3%, equivalentes a zero a um mandatos.

Mais à esquerda, a CDU tem entre 1% e 3%, e o Bloco de Esquerda entre 1% e 2%, pelo que ambos têm a possibilidade de voltar a ter representação parlamentar.

Na anterior legislatura, resultante das eleições regionais de 2024, o PSD também foi o vencedor, mas com apenas 19 deputados, enquanto o PS elegeu 11, o Juntos Pelo Povo teve nove, o Chega obteve quatro, o CDS-PP dois e tanto a Iniciativa Liberal como o PAN conseguiram um eleito.

Abstenção entre 41% e 47%, segundo a Universidade Católica

A abstenção nas legislativas regionais antecipadas de hoje na Madeira deverá situar-se entre 41% e 47%, de acordo com uma estimativa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, divulgada pela RTP às 18h35.

A estimativa foi calculada com base nos resultados da participação eleitoral às 16:00 indicados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

Até às 16h00, a afluência às urnas foi de 42,48%, segundo dados anteriormente divulgados pela SGMAI, o que representa um aumento face ao sufrágio anterior, que decorreu no ano passado: até à mesma hora, a participação era então de 40,52%.

Nas eleições do ano passado, também antecipadas, a abstenção foi de 46,60%. O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.

As urnas encerram às 19h00.

Lusa

Ponto da situação às 16h00: maior afluência às urnas que nas anteriores eleições regionais

De acordo com os dados da secretaria geral do Ministério da Administração Interna, até às 16h00 registou-se uma afluência de 42,48% nas eleições regionais na Madeira.

Em 2024, à mesma hora, registava-se uma afluência de 40,52%, enquanto nas eleições de 2023 era de 39,90%.

CNE recebe duas queixas de irregularidades

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) disse ao Diário de Notícias da Madeira que foram reportadas duas situações irregulares relacionadas com as eleições no arquipélago, mas que já foram resolvidas. As queixas não foram oficializadas, avançou a CNE ao jornal.

As irregularidades tinham a ver com propaganda política nas redes sociais e na rua. "Informámos que os cartazes não poderiam estar visíveis das mesas de voto", disse o porta-voz da CNE, André Wemans, à publicação madeirense

Líderes partidários nacionais reagem aos resultados no início da noite

Os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira serão comentados pelos líderes nacionais dos partidos ao longo da noite deste domingo. Logo às 20h00, uma hora após o encerramento das urnas, prevê-se que o atual primeiro-ministro Luís Montenegro faça a reação, falando na sede distrital do PSD no Porto. Existe a expectativa de que os sociais-democratas madeirenses, liderados por Miguel Albuquerque, voltem a ser os mais votados e tenham a possibilidade de continuar a governar a região autónoma.

A partir dessa hora deverá reagir o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que estará a acompanhar o escrutínio na sede nacional, no Largo do Rato. A intervenção deverá ocorrer quando houver um resultado definido, até porque mesmo que o PSD se mantenha o partido mais votado na Região Autónoma da Madeira, como sucede há meio século, existe a expectativa de formar uma alternativa maioritária na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, juntando o PS, o Juntos pelo Povo e outras forças partidárias.

Marcada para as 21h00, na sede do CDS-PP em Vila Nova de Gaia, está a reação do líder centrista Nuno Melo, também ministro da Defesa Nacional. Com o partido regional a apresentar listas próprias, lideradas pelo até agora presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, José Manuel Rodrigues, os objetivos passam pela manutenção do grupo parlamentar - apesar de as sondagens indicarem a perda de um dos dois atuais mandatos - e pela possibilidade de integrar uma solução governativa.

Por sua vez, o líder do Chega, André Ventura, comentará os resultados eleitorais às 21h30, na sede nacional do partido, em Lisboa. Nessa altura já deverá ser evidente se os deputados regionais do Chega, que até agora tinha quatro eleitos na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, terão hipóteses de contribuir para a estabilidade e governabilidade, como foi desejado pelo líder regional do partido, Miguel Castro

Para a mesma hora, também em Lisboa, está marcada uma declaração do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, na sede nacional dos comunistas, em Lisboa. A CDU partiu para as eleições regionais com a ambição de voltar a ter pelo menos um deputado, candidatando para o efeito o ex-candidato presidencial Edgar Silva.

Candidata do PAN apela a eleitores para "não desistirem"

A cabeça de lista do PAN às regionais antecipadas da Madeira, Mónica Freitas, apelou hoje aos eleitores para "não desistirem", apesar de "um certo cansaço e desmotivação", ao fim de três atos eleitorais em ano meio no arquipélago.

"Acreditamos que possa haver um certo cansaço, uma certa desmotivação, que haja uma certa descrença até relativamente aos agentes políticos, mas é importante não desistirem, não ficarem cansados da democracia, é importante exercermos o nosso direito", disse Mónica Freitas, em declarações aos jornalistas, depois de ter votado numa escola da freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz.

Afluência às urnas de 22,10% até ao meio-dia

As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 12:00, uma afluência às urnas de 22,10%, um aumento face às últimas eleições, segundo os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Nas últimas eleições regionais, que decorreram no ano passado, a afluência às urnas era de 20,22% até à mesma hora, próxima dos 20,98% de 2023 e dos 20,97% registados em 2019.

A abstenção acabou por ficar nos 46,60% no ano passado, nos 46,65% em 2023 e nos 44,50% em 2019.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

Miguel Albuquerque diz-se "preparado para qualquer cenário"

Antes de votar na Escola da Ajuda, no Funchal, o cabela de lista do PSD, Miguel Albuquerque, disse que está "preparado para qualquer cenário, quem vai determinar o cenário são os eleitores, é assim a democracia. E depois da votação fazemos as leituras que temos de fazer".

Miguel Albuquerque disse acreditar que terá "uma noite mais tranquila. Estou otimista. É preciso aproveitar a democracia, só damos valor àquilo que perdemos. Democracia é isto: o povo determina quem governa".

O líder do PSD na Madeira não está preocupado com a abstenção, diz que é uma "falsa abstenção" por causa dos emigrantes, e considera que "as pessoas participam com grande regularidade nas eleições".

Afirmou ainda que haver tantos eleições em pouco tempo "é mau para a democracia, as pessoas estão cansadas, mas o que eu deduzi desta campanha é que as pessoas queriam resolver esta situação de instabilidade e por isso estavam dispostas a fazer esta ida às urnas".

"Em democracia há sempre soluções"

O Representante da República na Madeira, Ireneu Cabral Barreto, votou na na secção da Sé, na Câmara Municipal do Funchal. Segundo o Diário de Notícias da Madeira, afirmou que está "preparado para qualquer cenário e em democracia há sempre soluções. A Região que esteja descansada, que vou tentar encontrar com os partidos com representação parlamentar a melhor solução para a Madeira”.

Paulo Cafôfo vota e espera que afluência seja "boa"

O cabeça de lista do PS às eleições regionais antecipadas da Madeira, Paulo Cafôfo, fez hoje votos para que a afluência às urnas seja significativa, reconhecendo que a abstenção "é sempre uma preocupação de qualquer político".

"Está um dia tão bonito, neste dia tão bonito com sol, espero que a afluência seja significativa, seja boa", afirmou Paulo Cafôfo aos jornalistas, minutos depois de ter votado na secção de voto 11, de uma escola da freguesia do Caniço, no concelho de Santa Cruz.

Admitindo que a abstenção "é sempre uma preocupação de qualquer político, de quem é democrata", o também líder do PS/Madeira disse estar convencido de que "as pessoas têm vontade de participar".

"Venham, venham todos votar, o futuro da nossa região decide-se hoje, portanto, ninguém pode ficar de parte", insistiu.

Questionado sobre o que irá fazer até à noite eleitoral, quando serão conhecidos os resultados das legislativas regionais antecipadas, Paulo Cafôfo referiu que espera passar o dia "tranquilamente", aproveitando para ler e estar com a família.

As urnas das legislativas regionais antecipadas da Madeira, nas quais podem votar mais de 255 mil eleitores, abriram hoje às 08:00, encerrando às 19:00. De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o número de inscritos "habilitados para votar" no sufrágio é de 255.380, dos quais 249.840 na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.

Em comparação com as anteriores regionais, em maio de 2024 (também antecipadas), com base no mapa oficial de resultados, hoje podem votar mais 858 cidadãos. Nas eleições do ano passado, a abstenção foi de 46,60%. O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.

Ao círculo eleitoral único do arquipélago, com 47 assentos parlamentares, concorrem hoje 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

No sufrágio anterior, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada. As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) - e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

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