Diretor de comunicação da candidatura de Pedro Duarte ao Porto demite-se após acusação de agressão
Vasco Ribeiro, responsavel pela comunicação da campanha do social-democrata Pedro Duarte à câmara do Porto, pediu esta sexta-feira, 13 de junho, a demissão do cargo, na sequência da acusação de Filipe Araújo, o candidato independente que, em denuncia à PSP, acusou o ex- chefe de gabinete de Rui Moreira de o ter agredido na noite de quinta-feira, 12 de junho, conforme consta do comunicado da candidatura Filipe Araújo - fazer à Porto.
“Na noite de ontem, entre concertos do Primavera Sound, Filipe Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto e candidato independente à Presidência da Câmara Municipal do Porto pelo Movimento independente Fazer à Porto, foi vítima de agressões físicas por parte de Vasco Ribeiro - atual responsável de comunicação da candidatura de Pedro Duarte, do PSD. Num momento em que o país assiste, com preocupação, a um aumento de episódios de violência, não podemos normalizar este tipo de comportamento - sobretudo por parte de quem devia dar o exemplo. Durante o evento, Vasco Ribeiro aproximou-se de Filipe Araújo, iniciando uma conversa. De forma súbita e violenta, agarrou o candidato e desferiu-lhe um murro no rosto, seguido do lançamento de um copo. Como resultado da agressão, Filipe Araújo sofreu escoriações na cara”.
Em declarações ao DN, Vasco Ribeiro confirma o pedido de demissão, e conta a sua versão do ocorrido: “Não é verdade aquilo que Filipe Araújo alega. Houve na verdade uma discussão e empurrões, mas estes foram de parte a parte”, diz. De acordo com esta versão, “a discussão não teve nada a ver com campanha eleitoral e Filipe Araújo sabe bem que não”, acrescenta Vasco Ribeiro, sem no entanto adiantar os motivos da contenda.
Pedro Duarte: "Atitude é indefensável"
Num comunicado em que confirma que o pedido de demissão de Vasco Ribeiro foi aceite, Pedro Duarte reagiu aos acontecimentos de quinta-feira, classificando de "indefensável" a atitude do diretor de comunicação da campanha. Atitude que "não reflete, de forma alguma", acrescenta o candidato, "os valores que defendo nem a postura que quero para esta candidatura e sobretudo para a cidade. A violência nunca será uma forma legítima de resolver qualquer tipo de divergência".
O candidato faz questão de se distanciar do ocorrido, e traça uma linha, afirmando de "forma clara e inequívoca" "total repúdio por qualquer forma de violência, física ou verbal, no espaço público ou privado".