Deputado do Chega nos Açores apanhado com 2,25g/l de álcool no sangue. "A culpa e o arrependimento tomaram conta de mim"
José Paulo Sousa, deputado do Chega na Assembleia Regional dos Açores, eleito pelo ciclo de compensação, foi mandado parar numa operação STOP da PSP na madrugada de domingo (2 de fevereiro), tendo acusado 2,25 g/l de álcool no sangue, o que configura crime, avançou esta quarta-feira o jornal Açoriano Oriental.
Após a notícia, José Paulo Sousa assumiu o caso numa mensagem publicada nas redes sociais e pediu desculpa.
"Venho expressar, de forma clara e sincera, o meu profundo arrependimento pelo erro grave que cometi na madrugada de 2 de fevereiro. Fui intercetado numa operação de STOP pela Polícia de Segurança Pública e, ao perceber a seriedade do que estava a acontecer, a culpa e o arrependimento tomaram conta de mim. Após uma noite de convívio com amigos e conhecidos, tomei a decisão errada de conduzir de volta a casa. Reconheço agora que, naquele momento, não soube avaliar a gravidade da minha atitude e falhei ao não perceber o risco que coloquei a mim e aos outros utilizadores da via pública. Foi uma escolha irracional, da qual me envergonho", afirmou José Paulo Sousa numa publicação do Facebook.
O deputado do partido liderado por André Ventura ultrapassou, em muito, o limite estabelecido na lei ao ter acusado 2,25 g/l de álcool no sangue.
"É proibido conduzir com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l" , com exceção novos condutores e os condutores de veículo de socorro, ou de serviço urgente, de transporte coletivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de táxi, de automóvel pesado de passageiros ou mercadorias, ou de transporte de mercadorias perigosas, segundo o Automóvel Clube de Portugal.
Já se a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a 1,2 g/l, é "considerado crime e punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se a pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal".
Segundo o Açoriano Oriental, uma fonte do Chega-Açores revelou que o partido foi apanhado de surpresa pela situação, remetendo a análise do caso para a reunião do grupo parlamentar que se realiza segunda-feira.