Daniel Adrião, quatro vezes candidato a secretário-geral do Partido Socialista, critica a falta de possibilidade de participar na Comissão Política Nacional do PS de terça-feira, tal como da reunião de fim de semana em Penafiel que decidirá o candidato presidencial."Como sabe, contestei a acusação e ainda não fui notificado de qualquer decisão por parte da Comissão Nacional de Jurisdição. Isto significa que ainda não há uma sentença e por isso ainda não fui expulso. Não obstante, não fui convocado para a reunião da Comissão Política Nacional, que decorreu nem fui convocado para a reunião da Comissão Nacional", aponta ao Diário de Notícias em tom de lamento.Adrião declarou em setembro que queria ser candidato à Junta de Freguesia de São Vicente. Inicialmente, tudo parecia indicar que tal se verificaria, então com Pedro Nuno Santos. Mas a concelhia indicou André Biveti, agora presidente eleito. Segundo o CNJ, o facto de "integrar uma lista contrária à apresentada pelo PS ou às orientações definidas pelos órgãos competentes do partido" é considerada uma "infração disciplinar, qualificada como falta grave", dando assim direito a expulsão.Pelos estatutos, Daniel Adrião tinha dez dias para contestar a decisão, tendo entregue a sua defesa na sexta-feira, 3 de outubro. No entanto, o CNJ refere que como é "sustentada em prova documental", qualquer recurso é visto como "inútil e dilatório" por se não "consubstanciar na invocação da falsidade do documento de prova". Assim, justifica o facto de não ter sido convocado para as reuniões máximas do partido. Será, ao que o DN pôde saber, o único caso entre dirigentes nacionais. Ainda assim, existem vários militantes, em processos de desfiliação e expulsão por se terem candidato como independentes e contra a vontade do partido. .Daniel Adrião afirma que PS "vive na bolha" e fala em "perseguição"."Estou chocado". Daniel Adrião expulso do PS por avançar como candidato contra o partido