Será cedo para dizer que Carneiro saiu mais legitimado como secretário-geral das eleições autárquicas, até porque perdendo a liderança de municípios e as cidades mais populosas como Lisboa, Porto, Sintra e Gaia, apenas pôde dizer que o PS evitou a "erosão".No entanto, o secretário-geral escapa à crítica. Assim, com este ânimo de compreensão, decorreu a Comissão Política Nacional. A principal crítica na Comissão Política teve a ver com as coligações que, no entanto, não são diretas a Carneiro, uma vez que entrou em julho para o cargo de secretário-geral e muitos candidatos e projetos estavam encaminhados. Houve, inclusivamente, muito poder na escolha de candidatos e coligações às concelhias. Se há quem refira que no Porto e em Braga poderia ter existido uma junção ao Livre, de modo a angariar os poucos votos que permitissem a vitória dos municípios, por outro lado em Lisboa há contestação pelo resultado e pela associação ao Bloco de Esquerda, a única em território nacional. Tendo em conta que o PS venceu 126 câmaras a solo, a estratégia de coligações irá a debate interno nos próximos tempos, sabe o DN, e no futuro dependerá das circunstâncias eleitorais. O secretário-geral recolheu opiniões e o partido divulgará considerações posteriores.Das mais recentes capitais de distrito conquistadas, por exemplo, só em Coimbra houve presença de Livre, PAN e Cidadãos por Coimbra. Viseu, Bragança, Faro e Évora são exclusivamente candidaturas do PS.